(Reuters) – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados encerrou na noite de terça-feira a fase de discussões da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência e marcou a votação sobre a admissibilidade do texto para as 10h desta quarta-feira.
Segundo a Agência Câmara, a discussão na CCJ foi encerrada às 23h30, após mais de 12 horas de sessão, depois que parlamentares favoráveis ao texto abriram mão de suas falas ou discursaram por tempo reduzido.
Falaram ao todo 55 deputados contrários à reforma da Previdência, 19 favoráveis e 14 líderes partidários, disse a agência.
Com o encerramento da fase de discussões, os deputados devem passar à votação do parecer do relator da Previdência na CCJ, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), que recomendou a aprovação do texto enviado pelo governo.
A decisão de marcar a votação para esta quarta contraria acordo fechado entre lideranças na segunda-feira, que previa a votação apenas na próxima semana. Enquanto deputados discursavam na CCJ, as negociações corriam a todo vapor nos bastidores.
A oposição pleiteava mudanças no texto, assim como o centrão. Já o governo, que contou com a atuação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apesar dos atritos com o Planalto, trabalhava para agilizar a tramitação da PEC, assim como o presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL-PR).
Uma vez analisado pela CCJ, o texto da reforma da Previdência ainda precisa passar por uma comissão especial da Câmara e só então estará pronto para ser submetido ao plenário da Casa, onde precisará passar por dois turnos de votação. Para que seja aprovado, é exigido um mínimo de 308 votos em cada votação no plenário.