A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) está formando um grupo de trabalho voltado para o monitoramento e prevenção à peste suína africana, reunindo representantes da cadeia produtiva e de órgãos de pesquisa do setor de suínos, informou a entidade em nota na quinta-feira (11).
O Grupo Especial de Prevenção à Peste Suína Africana (Gepesa) terá como foco principal a avaliação de estratégias e análise de erros e acertos cometidos por países que enfrentaram o problema, sob a perspectiva de atuação do setor privado.
“A interação entre as várias esferas sociais da cadeia produtiva será importante para tornar harmônico o entendimento de iniciativas e o compartilhamento de responsabilidades neste trabalho de prevenção”, disse o presidente da ABPA, Francisco Turra, em nota.
“O Brasil é livre da enfermidade e esta é uma vantagem competitiva no comércio internacional que não mediremos esforços para preservar.”
A China tem registrado diversos casos de peste suína africana desde o ano passado, o que tem alertado outros grandes países produtores para o risco da doença.
Peste suína clássica no Piauí
O governo do Piauí decretou emergência sanitária nesta semana após identificar foco de peste suína clássica em uma pequena propriedade na cidade de Lagoa do Piauí.
“Foi verificada a ocorrência de mortalidade de sete leitões menores de três meses de idade e a presença de animais com sinais de fraqueza, febre alta e paralisia de membros posteriores”, disse o fiscal agropecuário e gerente de Defesa Agropecuária da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), José Idílio Moura, em nota divulgada pelo governo estadual.
“É uma propriedade de subsistência, onde os animais eram criados soltos, e a primeira ação foi a interdição da mesma.”
O foco foi identificado durante investigação preventiva realizada pela Adapi, como parte do sistema de vigilância das doenças hemorrágicas dos suínos.
Além do sacrifício dos animais e interdição da propriedade, a Adapi realizará o controle do trânsito de animais e investigação epidemiológica nas propriedades vizinhas por pelo menos 30 dias, “até ter a certeza de que o vírus foi erradicado”, segundo Moura.
Em outubro do ano passado, um foco de peste suína clássica foi identificado numa propriedade de criação familiar em Forquilha, no Ceará, quando o governo federal disse que o foco não colocava em risco a produção do país, porque a propriedade não tinha vínculo com estabelecimentos comerciais ou de reprodução de suínos.
Piauí e Ceará não fazem parte da zona brasileira considerada livre de peste suína clássica pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A zona livre é composta pelo Distrito Federal e outros 15 estados (RS, SC, PR, MG, SP, MS, MT, GO, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC). (CarneTec)