O avanço da peste suína africana na China deve impactar o mercado mundial de carne bovina a partir de abril e maio deste ano. De acordo com avaliação de Adolfo Fontes, economista do Rabobank, a doença ainda não se converteu em uma maior demanda chinesa por proteína animal por conta dos elevados estoques governamentais do país. Esse cenário, contudo, tende a mudar nos próximos meses.

“Eles [os chineses] vão precisar importar muito mais carne suína, mas também bovina e de frango pra compensar essa tragédia que está acontecendo”, observou Fontes durante evento realizado na Sociedade Rural Brasileira. De acordo com o economista, a produção de carne suína da China deve apresentar queda de 20% a 35% este ano por conta da peste suína.

Além dos estoques, outro fator que tem contido o aumento da demanda chinesa por proteína animal foi a aceleração dos abates no país de forma preventiva. “Num primeiro momento, na verdade, a produção de carne sobe, e não cai, porque manda-se mais animais para abate para se proteger de um vírus que está se espalhando muito rápido”, explica Fontes. (DBO)