Milho

As variações foram mais comedidas para o indicador do CEPEA nesta semana, com as cotações variando ao redor de R$ 38,50/sc. O último fechamento ficou em R$ 38,61/sc (+0,49%).

A relativa estabilidade na praça de Campinas acontece após rápida trajetória de queda ao longo de março, acumulando variação negativa de 7,20% neste mês, e retornando aos níveis de preços registrados ao final de janeiro.

Certa estabilidade também se registrou para as cotações futuras, com os valores resistentes em superar o atual equilíbrio de preços. Nessa manhã (29.mar), as cotações trabalham de maneira mista – com valorização do contrato de julho (última parcial em R$ 34,51/sc).

Já os vencimentos para maio e para setembro registram ajustes para baixo, balizados em R$ 37,15/sc e R$ 34,60/sc, respectivamente.

No mercado físico, as negociações seguem em compasso lento e há manutenção das referências. Além disso, registrou-se venda futura no Mato Grosso, com entrega para junho de 2020 e pagamento no mês seguinte por R$ 24,00/sc.

Boi gordo

O mercado pecuário seguiu firme ao longo desta semana e o indicador do boi gordo (Esalq/BM&F) renovou a máxima dos últimos 2 anos.

A dificuldade das indústrias em adquirir matéria-prima e a boa qualidade das pastagens nas principais praças pecuárias favorecem o pecuarista, que se depara com a arroba nos maiores patamares nominais desde 2016.

Ao longo desta semana, as escalas de abaste permaneceram praticamente estáveis, entre 4,7 e 4,8 dias. O destaque fica para São Paulo, onde as programações recuaram 40% ao longo da semana, e estão em 3,6 dias.

Ontem (28/mar), o indicador Esalq/BM&F ficou em R$ 156,40/@ (+1,46%). O fechamento foi o maior valor nominal desde 14 de julho de 2016.

Para liquidação dos contratos da B3 referentes a março, a média parcial está em R$ 155,65/@ (4/5).

No mercado futuro da B3, o vencimento março, que tem liquidação hoje, fechou a R$ 155,55/@ (-0,29%). O contrato para abril, caiu 0,39% e ficou em R$ 154,90/@.

Já os vencimentos maio e outubro encerraram o dia a R$ 153,25/@ (-0,29%) e R$ 157,70/@ (0,51%), respectivamente.

Soja

No início desta tarde, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve divulgar novo relatório, com a intenção de plantio e estoques trimestrais.

O que se espera, é maior inclinação dos produtores norte-americanos em cultivar o milho em detrimento da soja, resultado da disputa comercial que tem impedindo o escoamento da produção norte-americana e depreciado sua cotação.

A expectativa é de diminuição da área cultivada com soja em 3,4% ante a temporada anterior.

Com relação aos estoques trimestrais, o mercado espera números ampliados, em torno de 74 milhões de toneladas (aumento de 28% frente aos 57 milhões de toneladas nesta mesma época do ano passado).

E além do relatório do USDA, continua no radar as negociações sobre a disputa comercial sino-americana, e também as condições climáticas nos EUA.

Sobre as disputas comerciais, as notícias ainda são pouco conclusivas, após novo encontro em Pequim entre autoridades de ambos os países, com anúncio de representantes do governo dos EUA de que as negociações foram “construtivas” nesta semana.

O clima nos EUA ainda preocupa, mas a combinação entre previsões de temperaturas mais altas, janela de plantio confortável, e alta capacidade operacional, geram certo otimismo quanto o início desta próxima temporada.

Por fim, o recuo do dólar ontem e com novas acomodações nesta manhã, deve esfriar as negociações. O câmbio cai 0,56% com última parcial em R$ 3,87.

Cotações parciais

Boi gordo
Mar/19: 155,95 / 0,55
Abr/19: 155,30 / 0,65
Mai/19: 153,60 / 0,25
Out/19: 157,55 / 0,00

Milho
Mai/19: 37,23 / 0,03
Jul/19: 34,51 / 0,19
Set/19: 34,75 / -0,05
Nov/19: 36,85 / 0,00

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mai/19: 19,67 / 0,09
Jul/19: 19,93 / 0,00
Ago/19: 20,04 / 0,00

Soja – CBOT
Mai/19: 890,75 / 1,75
Jul/19: 904,50 / 2,00
Ago/19: 910,50 / 2,00
Set/19: 916,75 / 2,25

Dólar comercial: 3,88

Dólar Futuro
Mar/19: 3883,50 / -19,00
Abr/19: 3890,00 / -19,50
Jun/19: 3904,00 / 0,00
Jul/19: 3989,00 / 0,00