A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) diz não ter conhecimento sobre suposto impedimento chinês em relação à habilitação de novas unidades para exportações de carne bovina brasileira. A entidade divulgou nota nesta quarta-feira em resposta à notícia de uma possível recusa do governo chinês em habilitar novas plantas brasileiras para exportar carne bovina ao país asiático.
“Não temos conhecimento, ainda, de nenhuma alegação técnica do governo chinês para este posicionamento”, diz o presidente executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar, acrescentando que “a entidade irá aguardar a posição do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) sobre o assunto”.
Segundo matéria publicada nesta quarta-feira pelo jornal Valor Econômico, o serviço sanitário da China teria recusado a proposta do governo brasileiro para autorizar mais unidades frigoríficas exportadoras brasileiras. Procurado pela reportagem do Valor, o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), responsável pela negociação com a equipe de fiscalizadores da China, afirmou que não havia sido notificado sobre a decisão do governo chinês.
Por sua vez, a Abrafrigo diz que uma resposta definitiva e concreta sobre a suposta negação do governo da China só será possível depois da tradução de um documento de 38 páginas enviado pelos técnicos de sanidade chineses à embaixada brasileira na China na última sexta-feira. “A entidade irá aguardar a sua distribuição às entidades privadas pelo MAPA, assim como como a posição do ministério sobre o assunto”, afirma a nota.
Atualmente, a China representa mais de 40% da carne bovina exportada pelo Brasil. Na soma total das carnes bovina, suína e de frangos, o mercado chinês representa US$ 14,7 bilhões anuais em exportações brasileiras. (DBO)