Milho

A perspectiva de 2º safra cheia amplia a pressão vendedora onde a disponibilidade do insumo é maior, e combinado com o avanço da colheita da safra de verão, as referências vêm registrando acomodações em março.

E os sucessivos ajustes para baixo do indicador do CEPEA têm aproximado a referência paulista com as cotações dos outros estados (basis). O último fechamento da Esalq caiu 1,62% para R$ 38,15/sc.

E considerando as praças levantadas pelo CEPEA no Centro-Norte do país, apenas a média do milho no MS caiu em maior intensidade, afastando-se da referência de Campinas (na comparação semanal). O valor do insumo no MS ficou 9,75% inferior ao CEPEA, na média.

Em praticamente todas as outras regiões, as cotações seguem relativamente mais firmes, dada a disponibilidade ainda restrita da matéria-prima (como é o caso de MG, GO e MT).

Além disso, após o esfriamento das cotações também na B3 (antiga BM&F), com renovação das mínimas em alguns contratos, os valores tentam correção para cima no início do pregão desta manhã (21.mar).

Entretanto, graficamente, os preços futuros mostram certa incerteza. E uma reversão de tendência precisará ser confirmado, além disso, deve haver resistência em retornar aos valores registrados há 15 dias.

Boi gordo

Apesar de tradicionalmente a segunda quinzena do mês apresentar um consumo menor de carne bovina, os preços pecuários seguem firmes em março.

No atacado, a carcaça casada bovina segue precificada em R$ 10,52/kg, sem alterações nesta semana. É o maior valor desde o início de janeiro.

O frango resfriado avançou 0,68% no mesmo comparativo e está cotado em R$ 4,47/kg. Já a carne suína subiu 0,31% e está em 6,43/kg.

No mercado físico, a combinação entre oferta restrita e escalas curtas permitem avanços da arroba nas praças em que a indústria encontra maior dificuldade de originação.

Na média dos estados levantados pela Agrifatto, as programações de abate estão em 5,6 dias. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul atendem a 5,6 e 4,6 dias, respectivamente.

Ontem (20/mar), o indicador Esalq/BM&F ficou em R$ 152,80/@, alta de 0,26% no comparativo diário.

Na B3, os contratos futuros avançaram. O vencimento mais curto (março) fechou o dia a R$ 153,40/@, avanço de 0,13% ante terça-feira (19).

Os vencimentos maio e outubro encerraram o dia a R$ 151,65/@ (+0,26%) e R$ 157,85/@ (+0,77%), respectivamente.

Soja

O câmbio segue com certa volatilidade, subindo 2,90% na primeira semana deste mês, mas devolvendo os ganhos na sequência. Nesta manhã, o dólar retorna aos níveis do início de março, e tenta romper o suporte gráfico em R$ 3,77.

Se o limite for perdido, o dólar deve ir buscar patamares ao redor de R$ 3,75.

Já as cotações em Chicago tentam recuperar preços mais altos, mas as incertezas sobre a relação sino-americana e estoques altos por lá, limitam a movimentação para cima.

Entretanto, as enchentes na região produtora dos EUA, e a possível transferência de áreas de soja para o milho, podem gerar pressão positiva.

No Brasil, as variações de preços acontecem para os dois lados. Mas predominam reajustes para cima na maior parte das praças levantadas. Em Rondonópolis/MT, alta de 0,40% na semana e de 1,30% no mês – com parcial em R$ 66,70/sc.

No Triângulo Mineiro avanço semanal de 1,70% e de 4,40% no mês (balizado em R$ 70,05/sc). Em Rio Verde/GO valorização de 2,35% na semana e de 3,00% nos últimos 30 dias (referência em R$ 68,60/sc).

Cotações parciais

Boi gordo
Mar/19: 153,40 / 0,00
Abr/19: 152,30 / -0,40
Mai/19: 151,65 / 0,00
Out/19: 157,85 / 0,00

Milho
Mai/19: 35,88 / 0,12
Jul/19: 33,60 / 0,00
Set/19: 33,80 / 0,10
Nov/19: 35,82 / 0,02

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mai/19: 20,06 / 0,13
Jul/19: 20,27 / 0,00
Ago/19: 20,42 / 0,00

Soja – CBOT
Mai/19: 907,00 / 1,00
Jul/19: 920,75 / 1,25
Ago/19: 927,00 / 1,00
Set/19: 931,50 / 0,75

Dólar comercial: 3,77

Dólar Futuro
Mar/19: 3776,50 / -2,00
Abr/19: 3781,00 / 0,00
Jun/19: 3759,69 / 0,00
Jul/19: 3812,50 / 0,00