Milho
Na última, as cotações do cereal passaram por expressivas acomodações. O último indicador do CEPEA, por exemplo, caiu quase 6,00% com fechamento em R$ 39,61/sc – retornando aos níveis do início de fevereiro deste ano.
A chegada do insumo de outros estados pressionou para baixo o indicador paulista, mas essa não é uma tendência pelo interior do país. Em GO e no MT, a disponibilidade de milho continua limitada, o que mantém as referências sustentadas.
Nesta semana, a expectativa fica para manutenção do cenário descrito acima. Mas possivelmente, os ajustes para o indicador se registrem em menor intensidade.
A semeadura também se encaminha para a reta final. Aliás, os mapas climáticos continuam apontando para chuvas generalizadas no país, mantendo as expectativas positivas para o rendimento da 2º safra de milho.
No mercado futuro, a liquidação do contrato de março ficou em R$ 40,00/sc. E os vencimentos para maio e setembro têm recuos no início do pregão hoje (18.mar) – as quedas acontecem ao redor de R$ 0,15/sc.
Boi gordo
Demanda interna deve direcionar os preços pecuários nas duas últimas semanas de março.
As altas em maior intensidade das proteínas substitutas, como a carne de frango e suína, podem motivar um consumo maior de carne bovina na segunda quinzena do mês, período em que sazonalmente o consumo é menor.
Além disso, as indústrias não possuem um estoque elevado nas câmaras frias e as programações de abate continuam curtas, atendendo de 4 a 6,5 dias nos estados levantados pela Agrifatto.
Caso esse cenário de consumo maior se confirmar, tanto a arroba quanto a carne do atacado devem continuar firme no curto prazo.
No mercado externo, as exportações de carne bovina in natura devem continuar em bom ritmo. A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgará na tarde de hoje as exportações semanais.
Na última sexta-feira (15/mar), o indicador Esalq/BM&F ficou em R$ 152,00/@, queda de 0,13% no comparativo diário.
No mercado futuro da B3, os vencimentos março e maio fecharam R$ 153,25/@ (+0,29%) e R$ 151,65/@ (+0,23%), respectivamente. Já o contrato para outubro ficou em R$ 158,55/@ (+1,41%).
No atacado, a carcaça bovina está cotada em R$ 10,52/kg, maior patamar desde o início de 2019.
Soja
A movimentação para a soja na bolsa de Chicago acontece de modo técnico, alcançando e testando patamar de resistência nesta manhã (18.mar) – mas por enquanto sem força para romper o limite gráfico.
Vale destacar que as cotações futuras na CBOT encerraram a última semana com valorizações, com possível avanço das negociações entre EUA e China como pano de fundo para as altas.
E o fortalecimento das cotações em Chicago ampliaram a inclinação vendedora por aqui. Com reporte de novos volumes negociados em Rondonópolis/MT por R$ 69,00/sc (FOB) para entrega imediata e pagamento no próximo mês.
No porto de Paranaguá, as cotações também se mantiveram firmes, com reajustes para cima ao final da última semana – as indicações ficam em torno de R$ 79,00/sc (+1,16% no último mês).
Por fim, o indicador do CEPEA também se mostra firme, com o último fechamento 0,67% mais alto – em R$ 73,38/sc.
Cotações parciais
Boi gordo
Mar/19: 153,25 / 0,00
Abr/19: 152,45 / 0,00
Mai/19: 151,10 / -0,55
Out/19: 157,50 / -0,20
Milho
Mai/19: 37,65 / -0,10
Jul/19: 34,90 / 0,00
Set/19: 34,90 / -0,10
Nov/19: 36,60 / 0,00
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mai/19: 20,04 / 0,01
Jul/19: 20,29 / 0,00
Ago/19: 20,24 / 0,00
Soja – CBOT
Mai/19: 907,75 / -1,50
Jul/19: 921,00 / -2,00
Ago/19: 928,25 / -0,50
Set/19: 932,50 / -0,75
Dólar comercial: 3,81
Dólar Futuro
Mar/19: 3815,50 / -2,00
Abr/19: 3820,00 / -7,00
Jun/19: 3849,00 / 0,00
Jul/19: 3870,00 / 0,00