(Reuters) – O fluxo de veículos na BR-163, importante rodovia que liga áreas produtoras de grãos em Mato Grosso e portos e estações de transbordo no Pará, foi totalmente restabelecido, informou o Dnit em nota na noite de quinta-feira, arrefecendo receios quanto às exportações de soja pelo chamado Arco Norte.

A rodovia teve o tráfego interrompido ao final de fevereiro por causa de lamaçais formados após fortes chuvas na região, no primeiro grande entrave ao escoamento da safra 2018/19 do Brasil, o maior exportador global de soja.

Na véspera, representantes da indústria de soja disseram que os estoques da oleaginosa nos terminais portuários de Miritituba e Barcarena, ambos no Pará, estavam perto do fim em razão do problema na BR-163, apostando em uma solução antes que as exportações fossem de fato prejudicadas.

Em comunicado, o Dnit disse que foram realizados trabalhos emergenciais para recuperação dos trechos degradados pela chuva e que o fluxo de caminhões estará liberado entre 6h e 22h —durante a madrugada, serão realizadas obras de manutenção da via.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, esteve no local nos últimos dias e prometeu que as partes não pavimentadas da estrada serão asfaltadas ainda neste ano.

“2019 será o último ano em que teremos essa dificuldade no trecho. A BR-163 é prioritária para nós. No ano que vem, essa pista estará asfaltada para o transporte da safra”, disse ele, segundo a nota do Dnit.

O Brasil deve colher neste ano cerca de 115 milhões de toneladas de soja, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento.

Do total da soja e do milho exportado pelo país, 28 por cento saiu pelo Arco Norte, região que vem ganhando relevância dada a proximidade com regiões como Europa.