Milho

Desde o final do ano passado as cotações do milho no mercado físico estão sustentadas. Com o indicador do CEPEA subindo 18,95% desde o início de novembro.

E na última semana contou com novo fôlego, avançando 3% com última parcial em R$ 40,75/sc – trata-se do maior valor desde 14 de agosto/18.

No interior do país as propostas pelo produto também não registraram espaço para queda, e as referências atuais vêm se mantendo, de modo geral, desde o final de 2018.

Além da disponibilidade menor neste período do ano, o avanço das exportações em janeiro (foram 4,24 milhões de tons) e produtores especulando com a matéria-prima ofereceram o tom da alta.

A reposição dos estoques pela oferta da safrinha tem potencial de acomodar as cotações. Mas a indefinição neste momento sobre o tamanho da 2º safra mantém um mercado climático.

Por enquanto, os trabalhos em campo com a semeadura do milho avançam em ritmo aquecido, com a cultura registrando condições positivas e há previsões de chuvas em horizonte mais curto.

Mas possível diminuição das chuvas a partir do final de fevereiro entra no radar e gera nova pressão positiva com renovação das máximas na B3 (antiga BM&F).

Os contratos futuros avançam nesta manhã (13.fev) até os maiores patamares desde meados de agosto/18.

Boi gordo

A demanda tímida tem limitado avanços maiores da arroba no mercado físico. Na B3, contratos do boi gordo avançaram na terça-feira (12).

Nas principais praças pecuárias, os índices de pluviosidade abaixo da média nos últimos meses ainda prejudicam a oferta de animais terminados. As escalas de abate, nas praças levantadas pela Agrifatto, estão abaixo de 6 dias.

O aumento de fêmeas na composição dos abates, sazonalmente, aumenta neste período do ano. No Mato Grosso, por exemplo, foram abatidas 256,4 mil fêmeas em janeiro, volume 38,7% maior que no mês anterior.

Segundo o IMEA, a crescente participação de fêmeas nos abates é motivada pelos baixos preços dos animais de reposição e, principalmente, pela qualidade da carne das novilhas (premium), que faz com os valores pagos se equiparem aos do boi.

Ontem (12/fev), o indicador Esalq/BM&F ficou em R$ 151,60/@ (+2,09%).

No mercado futuro, o contrato para fevereiro fechou a R$ 151,70/@, alta diária de 0,56%. Já os vencimentos maio e outubro encerraram o dia a R$ 151,05/@ (+0,20%) e R$ 157,90/@ (0,29%), respectivamente.

Soja

Nas últimas semanas, os preços futuros da soja em Chicago responderam as expectativas que foram geradas e/ou frustradas entre os EUA e a China. E a trégua entre os dois países têm prazo até 1º de março.

A questão é que o mercado acredita que o período de cessar-fogo pode ser prolongado para além dessa data, com sinais de que a China pode comprar novos lotes da soja norte-americana no curto-prazo.

É neste ambiente de maior otimismo que os preços futuros da soja em Chicago subiram ao redor de 1,30% no pregão de ontem (13.fev). Já nesta manhã, tentam manter os níveis mais altos, rompendo canal de baixa que vinha se registrando desde o final de janeiro.

O câmbio nesta manhã também tenta corrigir a queda da véspera, subindo 0,35% e parcial em R$ 3,75.

O fato é que a disputa comercial continua no centro da mesa, mas enquanto o imbróglio continuar, as exportações brasileiras com a soja têm espaço para avançar. E combinado com a quebra de safra nesta temporada, um cenário de cotações mais firmes pode ganhar força.

Cotações parciais

Boi gordo
Fev/19: 151,75 / 0,05
Mar/19: 151,50 / 0,00
Abr/19: 151,35 / 0,00
Mai/19: 151,30 / 0,30
Out/19: 156,70 / 0,00

Milho
Mar/19: 41,48 / 0,27
Mai/19: 39,35 / 0,30
Jul/19: 36,10 / 0,00
Set/19: 35,68 / 0,08

Soja – B3
Mar/19: 22,22

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mar/19: 20,22 / 0,00
Mai/19: 20,55 / 0,00
Jul/19: 20,83 / 0,00

Soja – CBOT
Mar/19: 916,25 / -1,25
Mai/19: 930,50 / -1,25
Jul/19: 943,75 / -1,25
Ago/19: 949,00 / -1,25

Dólar comercial: 3,73

Dólar Futuro
Fev/19: 3730,50 / 17,00
Mar/19: 3717,50 / 0,00
Abr/19: 3732,13 / 0,00