A consultoria INTL FCStone elevou a previsão de plantio, rendimento e produção de milho safrinha do Brasil em 2018/19. A projeção de área plantada subiu de 11,859 milhões de hectares para 11,861 milhões de hectares. Já a expectativa de produtividade aumentou de 5,47 toneladas por hectare para 5,48 toneladas por hectare. Com isso, a perspectiva de colheita aumentou de 64,930 milhões para 64,941 milhões de toneladas. Conforme a FCStone, a produção deve se recuperar após as perdas do ano passado, com estimativas de produtividade acompanhando a tendência dos últimos anos e expectativa de aumento de área em relação a 2018.
A previsão de produção em primeira safra foi aumentada de 27,132 milhões para 27,846 milhões de toneladas. Enquanto a previsão de produtividade subiu de 5,24 toneladas por hectare para 5,31 toneladas por hectare, a estimativa de área foi ajustada de 5,180 milhões de hectares para 5,179 milhões de hectares.
Segundo a FCStone, o aumento na primeira safra foi motivado pela revisão da produtividade do Rio Grande do Sul, atualmente o maior produtor de milho no verão, de 6,90 para 7,32 toneladas por hectare. “A safra de milho do Estado tem sido favorecida pela intensa radiação solar aliada à boa umidade do solo. A colheita no Estado, que está avançada, ao redor de 30%, tem mostrado bons resultados”, disse a consultoria.
Com isso, a FCStone prevê produção total de milho no País de 92,4 milhões de toneladas. Segundo a consultoria, com a produção do cereal acima de 90 milhões de toneladas, o balanço de oferta e demanda deve se manter folgado – a FCStone projeta estoques de 14,3 milhões de toneladas. “A produção maior, aliada a estoques iniciais elevados, abre espaço para um consumo mais aquecido, com as exportações podendo voltar a superar 30 milhões de toneladas”, disse a analista de mercado da FCStone Ana Luiza Lodi. (Leticia Pakulski – leticia.pakulski@estadao.com)