(Reuters) – O dólar fechou em queda de mais de 1 por cento nesta terça-feira, com operadores citando entrada de recursos, além de expectativas ligadas a eventos da semana, incluindo a reunião de política monetária nos Estados Unidos e negociações comerciais entre Washington e Pequim.

O dólar recuou 1,14 por cento, a 3,7225 reais na venda. Na máxima, a moeda chegou a 3,7662 reais e na mínima, a 3,7198 reais. O dólar futuro caía cerca de 1 por cento.

A queda de mais de 20 por cento no papel da Vale na segunda-feira atraiu investidores estrangeiros, avaliou um analista de câmbio.

“Há oportunismo com relação aos papeis da Vale, uma caça às pechinchas. A gente vem acompanhando um ingresso forte de estrangeiros aproveitando esse momento de desvalorização”, afirmou Ricardo Gomes da Silva Filho, da Correparti Corretora.

Às 17h15, a ação da Vale subia cerca de 1,5 por cento.

No exterior, investidores aguardam uma quarta-feira movimentada, com membros do Federal Reserve se reunindo para o segundo dia da reunião de política monetária. A autoridade deve sinalizar uma pausa no ciclo de aperto monetário, além de reconhecer que há riscos crescentes à maior economia do mundo.

O mercado também aguarda com cautela a nova rodada de negociações comerciais entre EUA e China, com a visita do vice-premiê chinês, Liu He, prevista para quarta e quinta-feira.

Internamente, o mercado tem no radar o início dos trabalhos no Congresso, na sexta, com a eleição dos presidentes da Câmara e Senado, e monitora a recuperação do presidente Jair Bolsonaro, que passou por cirurgia de reversão da colostomia na véspera.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 12,73 bilhões de dólares do total de 13,398 bilhões que vencem em fevereiro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.