Milho

As cotações do cereal ganharam fôlego ontem (22.jan), com os valores no mercado futuro buscando pelas principais resistências gráficas.

E como já era esperado, os contratos devolvem parte dos ganhos na abertura do pregão de hoje (23.jan), embora mantenham os patamares mais altos.

O avanço de 1,46% para o dólar combinado com informações positivas de exportações na véspera, deram o tom da alta.

Além dos ajustes para baixo na B3, o indicador do CEPEA também contou com leve correção para baixo, com fechamento em R$ 38,75/sc e preservando o atual equilíbrio de preços.

O avanço recente do indicador ampliou a diferença de preços entre os estados da referência paulista, alimentando a expectativa de valores firmes (e com possíveis reajustes) pelo interior do país.

Por fim, as incertezas sobre o clima impactam o ritmo de comercialização e sustentam o mercado – com produtores resistentes a valores menores. E assim, a referência em Rio Verde/GO fica ao redor de R$ 29,80/sc.

A média no Triângulo Mineiro é balizado em torno de R$ 33,30/sc e Sorriso/MT fica próximo a R$ 19,40/sc.

Boi gordo

A lentidão no escoamento da carne bovina no atacado limita as compras de boiadas pela indústria. Na outra ponta, pecuarista evita vender nos patamares atuais, na expectativa de preços melhores.

Assim, o preço da arroba segue estável ao longo desta semana, com variações pontuais em algumas regiões produtoras. Ontem (22/jan), a arroba à vista para São Paulo (SP) avançou R$ 0,30, para R$ 151,83/@. Em Goiás (GO), não houve variação e os preços ficaram em R$ 137,33/@.

A média das escalas de abate dos estados levantados pela Agrifatto está em 6,6 dias, sem variação ao longo desta semana. Em SP, as programações avançaram 9,6%, passando de 5,9 para 6,5 dias.

Ontem (22/jan), o indicador Esalq/BM&F ficou em R$ 151,50/@, queda diária de 1,01%.

No mercado futuro da B3, o dia foi de queda. O vencimento janeiro recuou R$ 0,65 e fechou a R$ 151,80/@ (-0,43%). Já o vencimento maio caiu R$ 0,30, encerrando o dia a R$ 150,85/@ (-0,20%).

No atacado, o quilo da carcaça casada não sofreu variação no comparativo diário e segue cotada a R$ 10,05.

Soja

As cotações em Chicago continuam respondendo as diferentes notícias acerca da retórica comercial entre EUA e China. Os valores por lá seguem ora tentando se manter em patamares maiores e ora devolvendo os ganhos em movimento de aversão ao risco.

E esse compasso se registra novamente nesta semana, após o anúncio recente de que os EUA rejeitaram a proposta chinesa sobre conversas preparatórias para as negociações comerciais.

Na semana que vem novas negociações devem ocorrer em Washington – mantendo a volatilidade em alta na CBOT.

No mercado doméstico, após quedas sucessivas para os valores à vista desde meados de setembro, os preços agora parecem ganhar tração. O indicador do CEPEA acumula alta de 3,37% na última semana, com parcial em R$ 77,04/sc.

A recuperação do câmbio também colabora para os reajustes positivos, enquanto os prêmios nos portos praticamente andam de lado.

No curto prazo, o foco deverá ser cumprir os contratos já fechados (dado o ritmo aquecido de comercialização antecipada nesta temporada), e assim, a menor inclinação a novos negócios pode sustentar o mercado.

Para o 2º semestre, segue a expectativa de cotações mais altas – período de entressafra com estoques estreitos e com produção potencialmente menor após estiagem em dezembro/18.

Boi gordo
Jan/19: 151,40 / -0,40
Fev/19: 151,50 / -0,65
Mar/19: 152,05 / 0,00
Mai/19: 150,80 / -0,05
Out/19: 156,90 / 0,00

Milho
Mar/19: 39,91 / 0,01
Mai/19: 38,27 / -0,03
Jul/19: 35,05 / 0,00
Set/19: 35,12 / -0,03

Soja – B3
Mar/19: 22,02

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Mar/19: 19,83 / 0,00
Mai/19: 20,01 / 0,00
Jul/19: 20,30 / 0,00

Soja – CBOT
Mar/19: 913,00 / 3,50
Mai/19: 926,25 / 3,50
Jul/19: 939,00 / 3,25
Ago/19: 944,25 / 3,25

Dólar comercial: 3,79

Dólar Futuro
Fev/19: 3793,00 / -27,00
Mar/19: 3822,00 / 0,00
Abr/19: 3820,00 / 0,00