A recente missão do governo chinês a frigoríficos brasileiros tende a resultar na efetiva habilitação de novas plantas para exportação de carne bovina durante o primeiro bimestre de 2019. De acordo com as expectativas do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, os primeiros resultados da visita já podem ocorrer até o fim deste ano. “Mas a notícia final da habilitação fica para o ano que vem”, estima o executivo.

Atualmente, o Brasil tem 16 unidades de abate de bovinos habilitadas para o mercado chinês e, somente com elas, o país asiático representou o segundo maior comprador da proteína brasileira, em volume, neste ano. Camardelli ressalta que ainda não é possível prever qual volume poderá ser ampliado para a China, pois não se sabe exatamente quantos frigoríficos estão em conformidade com os questionários de habilitação exigidos pelos chineses.

Além da ampliação no mercado chinês, o Brasil deve buscar acesso a países em que não atua e que são de alto valor pago pela tonelada da proteína bovina. São eles: Japão, Coreia do Sul, Canadá, México, Indonésia e Taiwan. “O Japão já autorizou a abertura para o Uruguai, que tem status sanitário condizente com o do Brasil e, portanto, vamos solicitar que o governo brasileiro recorra”, diz o executivo.

Anualmente, o Japão importa cerca de 719 mil toneladas de carne bovina com preço médio dea US$ 5.970 a tonelada, um dos mais elevados do mundo. O Canadá já realizou visita ao Brasil e há uma expectativa concreta de que virão notícias “positivas” sobre a Indonésia no ano que vem. (AE)