Milho
O mercado físico do milho se mostra cada vez mais sustentado, e a perspectiva é que este cenário se mantenha até meados de janeiro, quando a chegada da safra de verão deve oferecer algum alívio.
O indicador do CEPEA exibe estabilidade entre R$ 37,20 e R$ 37,70/sc – e ainda, se a referência conseguir romper este limite máximo, sinalizará mercado ganhando nova força. O último indicador fechou com reajustes positivo, subindo para R$ 37,61/sc (+0,75%).
Na esteira, o cereal nos outros estados também é pressionado para cima. O valor no MT avança mais rápido, alta de 9,10% na última semana (puxado pelo dólar em alta e demanda por usinas de etanol) – a referência média no estado fica em R$ 21,15/sc.
Nos outros estados a valorização também continua nos últimos 7 dias – subindo próximo a 1,00% em MG, PR e RS. Já a comercialização mais fria no MS mantém os preços estáveis por lá.
Os contratos futuros seguem com acomodações, buscando pelos próximos suportes gráficos. A perspectiva é que este movimento continue ajustando toda a curva futura.
Boi gordo
A quarta-feira (28/nov) registrou firmeza das cotações da arroba no mercado físico. Já no mercado futuro, em movimento de correção, os preços recuaram.
A oferta de boiadas terminadas segue restrita e as escalas de abate continuam nos mesmos patamares do início da semana, corroborando para perspectiva de pressão altista para as próximas semanas.
Nos estados da região Centro-Oeste, as escalas atendem os próximos 6 dias úteis em média.
Pelo levantamento feito pela Agrifatto, as indicações à vista em São Paulo estavam em R$ 149,04/@ (para descontar o Funrural), alta diária de 0,11%. No MS, a alta de 0,27% subiu as indicações para R$ 147,00/@.
O indicador Esalq/BM&F fechou em R$ 146,30/@ (-1,51%).
Ontem (28/nov), o mercado futuro na B3 iniciou o dia em alta, abrindo oportunidades para vendas de contrato e/ou compras de PUT (opções). À tarde, a pressão positiva cedeu e os preços caíram.
Os contratos com vencimentos em novembro e dezembro encerraram o dia a R$ 147,20/@ (-0,44%) e R$ 149,70/@ (-0,43%), respectivamente. Os vencimentos janeiro e maio/19 também recuaram, fechando em R$ 150,90/@ (-0,40%) e R$ 150,85/@ (-0,49%).
Soja
Hoje, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), deve divulgar novo relatório de exportações semanais. As informações devem apontar o apetite do mercado internacional sobre o produto norte-americano, e podem mexer com as cotações em Chicago.
E ainda, a volatilidade também fica para o encontro do G-20 em Buenos Aires (AR). A reunião que começa amanhã será importante condutor de preços, além de dar luz ao cenário de comercialização da próxima temporada.
Lembrando que disputa comercial favoreceu as exportações brasileiras, gerando firmeza as cotações domésticas.
Aliás, os prêmios de exportação em dólares seguem relativamente estáveis entre US$ 0,70 e US$ 0,80/bushel. Mas podem passar por revisões positivas quando as exportações voltarem a ganhar fôlego.
Neste sentido, as exportações esfriaram pela indisponibilidade da matéria-prima. Com isso, os preços domésticos também se acomodaram na esteira de prêmios menores. Entretanto, após os recentes ajustes das cotações, os valores já se mostram mais firmes.
Alta semanal de 2,80% em Rio Verde/GO, com parcial em R$ 73,78/sc. Mas quedas ao redor de 1,80% em Rondonópolis/MT e no Triângulo Mineiro/MG – ficando respectivamente em R$ 66,50 e R$ 75,13/sc.
Cotações parciais
Boi gordo
Nov/18: 147,85 / -0,05
Dez/18: 149,70 / -0,20
Jan/19: 150,90 / 0,00
Fev/19: 152,35 / 0,00
Milho
Jan/19: 37,65 / -0,18
Mar/19: 37,55 / -0,20
Mai/19: 35,85 / 0,00
Soja – B3
Nov/18: 21,90
Soja – Mini contrato – CME (B3)
Jan/19: 19,60 / 0,00
Mar/19: 19,94 / 0,00
Mai/19: 20,23 / 0,00
Soja – CBOT
Jan/19: 885,75 / -4,75
Mar/19: 899,50 / -5,25
Mai/19: 912,75 / -5,25
Jul/19: 925,25 / -5,25
Dólar comercial: 3,86
Dólar Futuro
Dez/18: 3859,50 / 10,00
Jan/19: 3863,50 / 7,50
Fev/19: 3862,50 / 0,00