Por CarneTec – 27/11/2018

O Brasil exportou 530,5 mil toneladas de carne suína (in natura e processada) nos primeiros dez meses de 2018, 10% a menos que no mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

A queda nas exportações se deve em parte ao embargo russo que vigorou durante o período. A partir de novembro, a Rússia retomou as compras de carne suína nacional, após reabrir seu mercado para quatro plantas frigoríficas brasileiras.

“Embora sejam clientes tradicionais do setor produtivo, os importadores russos deverão voltar com níveis de demanda semelhantes ao de um novo destino de exportação”, disse o presidente da ABPA, Francisco Turra, em nota.

O faturamento dos exportadores de carne suína brasileiros de janeiro a outubro somou US$ 1 bilhão, queda de 27,7% ante o mesmo período do ano passado.

Apenas no mês de outubro, as exportações atingiram 63 mil toneladas, alta de 8,1% ano a ano. Em receita, as vendas externas em outubro somaram US$ 108,1 milhões, queda de 20,1%.

 

Principais importadores

Nos primeiros dez meses do ano, Hong Kong foi o principal destino das exportações de carne suína brasileira, tendo adquirido 137 mil toneladas, ou 26,3% do total de carne suína exportada pelo Brasil. Esse volume também representa um aumento de 8% nas importações de Hong Kong na comparação com igual período de 2017.

A China, que comprou 25,1% do volume total exportado pelo Brasil, elevou suas compras em 243%, para 131,1 mil toneladas de carne suína de janeiro a outubro.

Angola foi o principal comprador no continente africano e importou 33,4 mil toneladas de carne suína brasileira, aumento de 33% ante o importado de janeiro a outubro de 2017.

A Argentina liderou as compras entre os países da América do Sul, com 30,9 mil toneladas adquiridas, 17% a mais que nos dez primeiros meses do ano passado.