Milho

Ainda com pouco fatores a conduzir as cotações, o mercado de milho caminha com variações comedidas. O último fechamento do CEPEA em R$ 37,30/sc ficou praticamente estável, com ajuste de 0,20% (equivalente a R$ 0,07/sc).

A área cultivada com o cereal no centro-sul entra na reta final, comprovando o ritmo acelerando na atual temporada, alcançando proporção próxima a 97% da área.

Combinado com a perspectiva de estoques de passagem ampliados, o valor do cereal pode ceder no início de 2019.

Destaca-se que no final desta semana acontece o encontro do G20, o que deve aquecer a volatilidade para a soja e para o câmbio. Além disso, o preço do petróleo em meio a tensões comerciais também pode alterar as cotações do milho no mercado internacional.

E ainda, os contratos futuros iniciam a semana com ajustes tímidos – em torno de 0,05 pontos. A B3 precifica o milho em torno de R$ 37,50/sc nos primeiros três meses de 2019.

Boi gordo

Ao longo desta semana, a última de novembro, as cotações devem seguir firmes, possibilitando avanços em determinadas praças.

Os animais a pasto ainda não estão prontos e a maioria das boiadas de confinamento já foram abatidas. Assim, evidencia-se uma menor oferta de bois terminados.

Nessa perspectiva, frigoríficos não conseguem originar animais com a mesma facilidade encontrada há algumas semanas atrás. As escalas de abate média reduziram próximo a 10% nos últimos 30 dias – de 8,1 para 7,4 dias úteis.

Além do mais, o início de um novo mês e o pagamento do 13º salário devem aumentar o consumo interno, fazendo com que a indústria necessite de mais animais para recompor os estoques.

O MDIC divulgará as exportações parciais de novembro nesta tarde. Há uma expectativa os embarques continuem em ritmo acelerado, servindo de suporte às cotações da arroba no mercado físico.

Na últimas sexta-feira (23/nov), o indicador Esalq/BM&F ficou em R$ 147,95/@ (+1,06%). No mercado futuro da B3, os contratos com vencimento novembro e dezembro recuaram para R$ 146,80/@ (-0,27%) e R$ 149,45/@ (-0,40%), respectivamente.

Soja

No final desta semana acontece o encontro do G20 na Argentina, o encontro pode reunir os presidentes dos EUA e da China, e mudar os rumos dos preços da soja.

O fato é que o resultado do encontro se mantém como uma incógnita. E nem mesmo as consequências negativas pela disputa que se arrasta desde março, podem ser suficientes para que os dois líderes busquem por um acordo.

Dado o cenário incerto, os preços futuros em Chicago iniciam a semana (26/nov) mais fracos, e todos os contratos trabalham em campo negativo.

Mas apesar das quedas, as cotações ainda preservam os patamares alcançados no início do mês, quando a especulação em volta do encontro entre os dois presidentes fortaleceu os contratos da CBOT.

No Brasil, o ritmo de negociação é lento, assim como as variações dos preços. A referência em Paranaguá se mantém em R$ 83,25/sc. No MT a indicação para entrega imediata fica em torno de R$ 66,00/sc. Para entrega em jan/19 baliza ao redor de R$ 65,00/sc.

Cotações parciais

Boi gordo
Nov/18: 146,80 / 0,00
Dez/18: 149,85 / 0,40
Jan/19: 150,50 / 0,00
Mar/19: 149,30 / 0,00
Mai/19: 150,50 / 0,00

Milho
Jan/19: 38,00 / -0,02
Mar/19: 37,60 / -0,10
Mai/19: 35,71 / -0,04

Soja – B3
Nov/18: 21,72

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Jan/19: 19,47 / 0,00
Mar/19: 19,83 / 0,00
Mai/19: 20,05 / 0,00
Jul/19: 20,33 / 0,00

Soja – CBOT
Jan/19: 874,00 / -7,00
Mar/19: 887,50 / -7,25
Mai/19: 900,75 / -7,25
Jul/19: 913,25 / -7,00

Dólar comercial: 3,84

Dólar Futuro
Dez/18: 3844,00 / 16,50
Jan/19: 3851,00 / 0,00
Fev/19: 3841,00 / 0,00
Mar/19: 3850,00 / 0,00

Ao longo do dia traremos mais negócios realizados nas praças de importância.

Bons negócios!