O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 4,0 pontos em outubro em relação a setembro, passando de 82,1 pontos para 86,1 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o  resultado, o indicador retornou ao nível próximo a maio deste ano (86,9 pontos).

A abertura do dado mostra que a alta do ICC em base mensal refletiu apenas a melhora em relação às perspectivas, já que o Índice de Situação Atual (ISA) teve baixa de 0,4 ponto, a 71,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) saltou 6,9 pontos, a 96,6 pontos, no maior nível desde abril deste ano.

Segundo a coordenadora da sondagem, Viviane Bittencourt, o resultado do ICC mostra que, apesar de ainda não ter o resultado das urnas, o consumidor está esperançoso e otimista em relação aos próximos meses. “O fim do período eleitoral diminui a incerteza política e gera expectativa de mudanças na condução da política econômica para o início do novo governo”, avalia.

Porém, Viviane observa que o efeito “lua de mel” é esperado, mas a continuidade desses ganhos na confiança dependerá de ações efetivas do próximo presidente. A abertura do dado mostra que os indicadores que medem o grau de satisfação com a economia e as perspectivas para a situação econômica nos seis meses seguintes foram destaques positivos.

Já o indicador que mede a satisfação dos consumidores com a situação financeira no momento recuou, enquanto o indicador que mede o otimismo em relação às finanças pessoais nos próximos meses subiu, influenciado pela melhora na intenção de compras de bens duráveis.

Entre as faixas de renda, houve aumento da confiança em todas, exceto nos consumidores com ganhos mensais entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil. A edição deste mês coletou informações de 1.944 domicílios entre os dias 1 e 20 de outubro. A próxima divulgação da sondagem do consumidor será em 24 de novembro. (CMA)