Milho

Sem novidades altistas e com a oferta mais confortável, o cereal continua seu movimento de queda, em 30 dias o indicador do CEPEA já recuou 10,55% (equivalente a R$ 4,31/sc).

A última referência registrou-se em R$ 36,56/sc (-0,84%), o menor patamar desde o início de julho.

E ainda de acordo com o CEPEA, entre ontem e hoje, as quedas também foram expressivas no MT (-1,16%) e no MS (-1,12 p.p.). Com médias em R$ 22,90 e R$ 26,70/sc, respectivamente.

Já o mercado futuro continua, gradualmente, perdendo seus suportes gráficos. O contrato mais curto – para nov/18 – exibe parcial em R$ 36,05/sc (17/out). Enquanto que jan/19 sinaliza para fortalecimento da matéria-prima no início do próximo ano, com parcial em R$ 37,70.

Além disso, o início acelerado da temporada 2018/19 deve fazer com que a colheita se inicie logo em janeiro, e assim, pode haver pressão vendedora pela necessidade de liberar espaço para o armazenamento da soja.

Ou seja, os contratos futuros ainda podem continuar com seus movimentos de ajustes, mantendo aberta a janela de oportunidades para originação no físico. Já para posicionamento em mercado futuro, recomenda-se aguardar este momento de acomodação das cotações.

Boi gordo

Na terça-feira (16/out), a arroba continuou pressionada, mas em menor intensidade. De forma gradual, as indústrias vão oferecendo preços abaixo da referência.

Em resposta as reduções das indicações, os pecuaristas buscam evitar negociações e conseguem estabilizar as cotações em algumas praças. Entretanto, os animais de confinamento têm um custo/dia alto, não permitindo uma grande resistência do confinador.

Ontem, em São Paulo, na média das praças levantadas pela Agrifatto, os preços à vista se mantiveram em R$ 150,00/@. Nos estados do MS e RO, as indicações também ficaram estáveis, a R$ 146,70/@ e R$ 137,40/@, respectivamente. Em GO, os preços a prazo recuaram para R$ 140,00/@.

O indicador Esalq/BM&F encerrou ontem a R$ 150,40/@ (+0,77%). O mercado futuro da B3 também passou por uma correção positiva. O contrato com vencimento em outubro subiu R$ 0,30/@, fechando a R$ 147,30/@ (+0,20%).

Apesar da alta, o mercado físico deve passar por ajustes negativos nas próximas semanas. Dentre os motivos estão: consumo interno em ritmo lento, sazonalidade das exportações e oferta maior de animais.

Soja

No início desta semana, a bolsa de Chicago respondeu as novas informações de temperatura e de estimativas de produção naquele país.

O clima mais frio e as projeções revisadas para baixo ofereceram fôlego a CBOT. Entretanto, o que se registra agora é uma movimentação técnica com acomodação das cotações.

Deste modo, os ajustes negativos para o câmbio em Chicago levaram a preços domésticos menores. Destaca-se recuo de 6,20% no porto de Paranaguá/PR e queda de 4,50% para Rio Verde/GO nos últimos 30 dias.

Porém, o forte enxugamento da oferta interna pelas exportações, o câmbio apreciado (e com tendência a se manter fortalecido no médio prazo) e os prêmios altos deverão manter o preço da soja valorizada no mercado brasileiro.

Aliás, os prêmios continuam em patamares elevados, e devem continuar fortalecidos enquanto continue a disputa comercial entre EUA e China (o que não parece perto de uma solução nos próximos meses).

Para embarque em novembro no porto de Paranaguá, os prêmios mantêm certa estabilidade ao redor de US$ 2,70/bushel. Já para exportações em março/19, as premiações registraram leve recuo entre ontem e hoje, mas preservam o alto patamar alcançado nos últimos 3 meses.

Cotações parciais

Boi gordo
Out/18: 147,65 / 0,25
Nov/18: 147,10 / 0,10
Dez/18: 148,50 / 0,30
Jan/18: 147,50 / 0,00

Milho
Nov/18: 36,12 / -0,23
Jan/19: 37,75 / -0,15
Mar/19: 37,30 / -0,10
Mai/19: 36,85 / -0,05

Soja – B3
Nov/18: 18,97

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Nov/18: 19,55 / 0,08
Jan/19: 19,91 / 0,09
Mar/19: 19,20 / 0,00

Soja – CBOT
Nov/18: 887,00 / 0,75
Jan/19: 900,75 / 0,50
Mar/18: 913,25 / 0,50
Mai/19: 925,00 / 0,75

Dólar comercial: 3,71

Dólar Futuro
Nov/18: 3712,50 / -17,00
Dez/18: 3734,00 / 0,00
Jan/18: 3774,00 / 0,00

Ao longo do dia traremos mais negócios realizados nas praças de importância.

Bons negócios!