Milho

O mercado do milho continua sua tendência baixista, principalmente pela ampliação da oferta ao mercado doméstico.

A comercialização lenta neste ano e as exportações com menor fôlego, sinalizam para segurança da disponibilidade do cereal nos próximos meses, o que pode pressionar para baixo as cotações.

Aliás, sobre as exportações, os dados divulgados ontem (15/out) pelo MDIC registraram embarques de 1,65 milhões de toneladas nos 9 primeiros dias úteis de outubro.

Por enquanto, os dados mostram avanço das exportações de 6,80% ante set/18 (movimento comum e sazonal nesta época do ano). Porém, os embarques podem fechar outubro com queda de 27% ante o mesmo mês de 2017.

Ou seja, as exportações representariam queda mais acentuada, já que a safra 2017/18 deve ficar 17% menor em um ano.

Este mercado mais frouxo se exibe tanto nas cotações do físico, quanto do mercado futuro. O último indicador do CEPEA caiu 0,65%, fechando em R$ 36,87/sc. O próximo suporte gráfico a ser buscado pela referência fica em R$ 36,65.

Por fim, o contrato para nov/18 caiu 11,85% nos últimos 30 dias, o próximo suporte mais forte fica em R$ 36,00/sc. Se esse suporte não for perdido, pode colocar no radar a compra de contratos futuros.

Boi gordo

A oferta maior de animais terminados e a cautela da indústria para evitar estoques, faz com que o mercado físico encontre uma pressão baixista para arroba na segunda quinzena de outubro.

Em setembro, devido a menor oferta de animais do primeiro giro do confinamento, permitiu avanços dos preços, que encerraram dia 27/set a R$ 152,10/@, maior valor nominal desde out/2016.

Entretanto, a entrada de animais do segundo giro do confinamento tem permitido a indústria alongar as escalas de abate e, consequentemente, testar preços mais baixos.

Ontem, o indicador Esalq/BM&F do boi gordo encerrou a R$ 149,25/@ (+1,67%). No mercado futuro da B3, os preços recuaram. O contrato com vencimento em outubro caiu R$ 0,55/@, fechando a R$ 147,00/@ (-0,37%).

O consumo interno segue lateralizado, apresentando uma recuperação lenta. Já as exportações, estão em bom ritmo e podem atingir novo recorde mensal este mês. Se os embarques registrados nas duas primeiras semanas se repetirem ao longo de outubro, as exportações chegarão a 158,60 mil toneladas, avanço de 5,30% perante o último mês.

Soja

Dois novos fatores fizeram a cotação da soja em Chicago retornar ao maior patamar desde meados de agosto.

O preço baixo da oleaginosa norte-americana e as dificuldades climáticas resultaram em ampliação da demanda doméstica pela commodity e atrasos na colheita da safra atual.

A colheita se exibe atrasada em relação à média dos últimos 5 anos e também em relação a temporada anterior, além de já colocar no radar a possibilidade de rendimentos menores.

Ou seja, o aquecimento da demanda norte-americana e a possibilidade de oferta marginalmente menor pressionaram para cima as cotações. Já na manhã de hoje, há novos ajustes negativos.

Além das variações em Chicago, o câmbio também tem impactado a formação dos preços internamente, mas a entressafra e o comprometimento rápido da matéria-prima continuarão oferecendo suporte às cotações domésticas.

Por fim, a variação climática continuará no centro da formação dos preços internos. Por enquanto, segue positiva para o centro-oeste, mas há preocupações de umidade alta nos estados do sul do país.

Cotações parciais

Boi gordo
Out/18: 147,25 / 0,35
Nov/18: 146,80 / 0,40
Dez/18: 148,15 / 0,35
Jan/18: 147,50 / -0,85

Milho
Nov/18: 36,12 / -0,58
Jan/19: 37,65 / -0,65
Mar/19: 37,30 / -0,44
Mai/19: 36,91 / -0,24

Soja – B3
Nov/18: 18,26

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Nov/18: 19,45 / -0,10
Jan/19: 19,76 / -0,09
Mar/19: 20,24 / 0,00

Soja – CBOT
Nov/18: 887,25 / -5,75
Jan/19: 901,50 / -5,75
Mar/18: 913,75 / -5,50
Mai/19: 926,25 / -5,75

Dólar comercial: 3,72

Dólar Futuro
Nov/18: 3719,50 / -17,50
Dez/18: 3747,50 / 0,00
Jan/18: 3752,20 / 0,00

Ao longo do dia traremos mais negócios realizados nas praças de importância.

Bons negócios!