Animais de confinamento pressionam os preços pecuários

Milho

Na última semana a referência do CEPEA alcançou o valor mais baixo em quase 3 meses, mas na véspera do feriado, o indicador exibiu um leve reajuste positivo de 0,38%, subindo para R$ 37,11/sc.

Ou seja, após sucessivas quedas, confirmou-se a expectativa de que o indicador estaria próximo ao seu novo equilíbrio de preços.

No curto prazo, os valores podem exibir novos ajustes, mas quedas fortes devem ser menos prováveis. E ainda, as cotações em SP podem flutuar ao redor de R$ 37,00/sc nas próximas semanas.

A recomendação segue para aproveitar a recente queda do mercado do cereal para originação ou fixação de preços.

Por fim, o Ministério da indústria e comércio exterior deverá divulgar hoje os dados de exportação semanal.

Os embarques do cereal iniciaram outubro em ritmo aquecido, com as exportações diárias avançando 15% ante o mês anterior. Por enquanto, a expectativa fica para 4,15 milhões de toneladas (se confirmado, representará avanço de 20% ante set/18).

Boi gordo

A maior oferta de animais terminados deve pressionar negativamente os preços do boi gordo na segunda quinzena de outubro.

A entrada de boiadas do segundo giro do confinamento, aliada a demanda interna patinando e o fortalecimento do real ante o dólar permitiu que alguns frigoríficos testassem preços abaixo das indicações ao longo da última semana.

Este movimento negativo deve se mostrar persistente até meados de novembro, especialmente pela concentração da oferta dos animais do 2º giro de confinamento (que já fazem parte das escalas da indústria).

Por outro lado, passada este momento de oferta de cocho, as cotações podem exibir novo fortalecimento caso a demanda também ganhe fôlego, como sazonalmente acontece no final do ano.

O indicador Esalq/BM&F recuou 2,52% no comparativo semanal, encerrando a última quinta-feira em R$ 146,80/@.

Por fim, esse movimento de baixa também acontece no mercado futuro da B3. O contrato com vencimento em outubro/18 terminou a última semana a R$ 147,55/@, queda de 0,10% na comparação diária.

Soja

As cotações em Chicago exibem certa estabilidade de preços nesta manhã (15/out), após o relatório do USDA trazer informações altistas para o mercado da soja.

A expectativa era que o Departamento de Agricultura dos EUA subisse a estimativa de produção próximo a 128,00 milhões de toneladas. Mas a previsão foi diminuída de 127,72 para 127,64 milhões de toneladas.

Além disso, esperava-se que os estoques finais fossem reduzidos, mas os números subiram de 23,00 para 24,10 milhões de toneladas.

Para a safra brasileira, o USDA manteve sua projeção de produção em 120,50 milhões de toneladas, mas ampliou os estoques finais para 22,85 milhões de toneladas.

Para os preços domésticos no curtíssimo prazo, a estabilidade em Chicago pode ser compensada pelo câmbio se desvalorizando 1,00% nesta manhã (com parcial em R$ 3,74).

Para o médio prazo, as cotações domésticas continuarão sustentadas, e devem esfriar com a chegada da matéria-prima no início de 2019, especialmente com a safra desenvolvendo-se em bom ritmo.

Cotações parciais

Boi gordo
Out/18: 147,20 / -0,30
Nov/18: 146,75 / -0,45
Dez/18: 148,25 / -0,40
Jan/18: 148,00 / 0,00

Milho
Nov/18: 37,15 / 0,26
Jan/19: 38,24 / 0,04
Mar/19: 38,00 / 0,15
Mai/19: 37,20 / 0,00

Soja – B3
Nov/18: 18,36

Soja – Mini contrato – CME (B3)
Nov/18: 19,10 / 0,20
Jan/19: 19,46 / 1,05
Mar/19: 19,37 / 0,00

Soja – CBOT
Nov/18: 867,25 / -0,25
Jan/19: 881,50 / -0,25
Mar/18: 894,00 / -0,50
Mai/19: 907,75 / 0,00

Dólar comercial: 3,74

Dólar Futuro
Nov/18: 3746,50 / -44,00
Dez/18: 3755,00 / -36,00
Jan/18: 3774,00 / 0,00

Ao longo do dia traremos mais negócios realizados nas praças de importância.

Bons negócios!