A Justiça Federal condenou na sexta-feira (28) seis investigados na Operação Carne Fraca por corrupção passiva, informou o Ministério Público Federal na segunda-feira (01).
O gerente de Relações Institucionais e Governamentais da BRF, Roney Nogueira dos Santos, foi um dos condenados a seis meses de detenção por corrupção passiva privilegiada. O ex-diretor de Produção da BRF, André Baldissera, foi absolvido do crime de corrupção ativa.
A Justiça ainda condenou três fiscais agropecuários da Superintendência Federal de Agricultura (Maria de Rocio Nascimento, Dinis Lourenço da Silva e Francisco Carlos de Assis), um advogado (José Antônio Diana Mapelli) e um médico-veterinário (Welman Paixão Silva Oliveira) a penas de reclusão. Os funcionários públicos também perderam os respectivos cargos.
Segundo a denúncia do MPF, a fiscal federal solicitou vantagem indevida a funcionário da BRF por meio da emissão de documento falso, para a prática de fraude processual em procedimento administrativo disciplinar do órgão.
Além disso, um fiscal da Superintendência Federal de Agricultura em Goiás solicitou vantagem indevida ao frigorífico para obstruir indevidamente o trâmite de proposta técnica de suspensão da habilitação de planta industrial da BRF em Mineiros (GO). “Os valores seriam utilizados para fins partidários e eleitorais”, informou o MPF em nota.
Dez réus investigados na Operação Carne Fraca já foram condenados pela Justiça Federal até agora, somando penas de 45 anos e dois meses de reclusão, como consequência das denúncias do Ministério Público Federal do Paraná. (AE)