Machos lideram os abates de setembro.
Participação de fêmeas cai ao menor nível desde dez/24.
Boi gordo
Mesmo em uma primeira quinzena de outubro, período em que o efeito do salário costuma reforçar o consumo de carne bovina, o mercado físico do boi gordo mantém ritmo firme, mas sem avanços expressivos. As cotações seguem estáveis em grande parte do país, com média nacional de R$ 297,89/@ e escalas de abate permanecendo em torno de 8 dias úteis. No Pará, houve destaque positivo, com alta de 0,81%, levando a arroba à média de R$ 294,49, enquanto em São Paulo o preço recuou 0,40%, fechando a R$ 308,98/@. No mercado futuro, o movimento foi de leve oscilação. O contrato com vencimento em dez/25 encerrou praticamente estável, a R$ 327,95/@, com variação diária de +0,02%, refletindo um cenário de cautela e expectativa por parte dos agentes diante do equilíbrio atual entre oferta e demanda.
Após o recuo observado em agosto, o número de abates de bovinos nas plantas sob inspeção federal voltou a crescer em setembro de 2025. Ao todo, foram abatidas 2,64 milhões de cabeças, alta de 6,95% em relação ao mês anterior e o maior volume já registrado para o período. O destaque do mês ficou por conta dos machos, que tiveram incremento de 5,89% nos abates, somando 1,70 milhão de cabeças, o maior patamar desde agosto de 2024. Os estados que mais contribuíram para esse avanço foram Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso, com aumentos de 5,9%, 4,5% e 3,9%, respectivamente. Apesar disso, a participação das fêmeas no total abatido caiu para 35,5%, recuo de 3,17 p.p. frente a ago/25, alcançando o menor patamar desde dez/24.
Milho
A cotação do milho no mercado físico encerrou a quarta-feira (08) com alta de 0,32% frente ao dia anterior, com a saca negociada a R$ 65,30 na praça de referência, Campinas/SP. Na B3, a sustentação das cotações veio pelo aumento da demanda, com enfoque no mercado interno. O contrato novembro/25 (CCMX25) encerrou o dia com incremento de 0,30% em relação ao pregão anterior, cotado a R$ 66,60 por saca.
Em Chicago, as cotações foram influenciadas pela alta do petróleo, que reforça a competitividade do etanol. Entretanto, ganhos expressivos foram limitados pelo avanço da colheita do grão nos EUA. O contrato dezembro/25 (ZCZ25) avançou 0,54% ao fim do pregão, fechando a US$ 4,22 por bushel.
Soja
No mercado interno, as cotações da soja tiveram ganhos 0,29% frente ao dia anterior, com a saca negociada a R$ 136,94 na praça de Paranaguá/PR. O contrato futuro do dólar novembro/25 (DOXV25) fechou com queda de 0,31%, cotado a R$ 5,366.
Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja tiveram desempenho positivo, com especulações relacionadas a volta da China às compras no pós feriado. Além disso, o mercado segue atento ao clima no Brasil. O contrato novembro/25 (ZSX25) expandiu 0,73%, finalizando o dia negociado a US$ 10,29 por bushel.