Aproximação da segunda quinzena esfria o mercado
Com a segunda quinzena de agosto “virando a esquina”, as cotações do boi gordo mostram pouca reação, influenciadas pela retração nas compras.
Boi gordo
Com a aproximação da segunda quinzena do mês, as cotações do boi gordo têm se mostrado fragilizadas, resultando em poucas variações nas praças analisadas. Indo contra a tendência, o Pará apresentou avanço diário de 1,18%, sendo precificado em média a R$ 290,98/@. Já Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais registraram leves recuos, com quedas entre 0,10% e 0,22%. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão em baixa: o contrato com vencimento em dezembro de 2025 caiu 0,48% na comparação diária, sendo negociado a R$ 333,20/@.
Com o consumo fraco após o Dia dos Pais e o salário de agosto praticamente esgotado, o mercado mantém pouca resistência para sustentar os preços. As cotações seguem pressionadas pela retração nas compras, pelo ritmo lento de reposição e pelo acúmulo de mercadorias nos centros de distribuição. As escalas de abate permanecem estáveis em relação aos últimos dias.
Milho 
A cotação do milho no mercado físico encerrou a última quarta-feira (13/08) com desvalorização de 0,30% frente ao dia anterior, com a saca cotada a R$ 63,70 na praça de Campinas/SP. Na B3, os contratos futuros do cereal encerraram o dia sem grandes movimentações, mas a tendência de baixa no curto prazo continua. O contrato setembro/25 (CCMU25) fechou com leve alta de 0,11% em relação ao pregão anterior, negociado a R$ 64,85 por saca.
Em Chicago, após a forte queda no pregão anterior, provocada pela divulgação do relatório mensal de oferta e demanda pelo WASDE no dia 12, as cotações registraram leve correção e encerraram em alta. Ainda assim, permanecem nas mínimas do ano, sem perspectiva de altas expressivas no curto prazo diante do atual cenário fundamentalista. O contrato setembro/25 (ZCU25) subiu 0,67%, cotado a US$ 3,7400 por bushel.
Soja 
No mercado interno, a soja avançou com força acompanhando as altas em Chicago, subindo 1,82% frente ao pregão anterior, com a saca negociada a R$ 141,83 na praça de Paranaguá/PR. O dólar futuro, que vinha em queda, apresentou leve recuperação. O contrato setembro/25 (DOLU25) avançou 0,20%, cotado a R$ 5,426.
Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja e seus derivados encerraram o dia novamente em alta, após o corte na área e, consequentemente, na produção dos EUA apontado no relatório do WASDE. O movimento reverteu grande parte das perdas recentes. Contudo, o principal importador, a China, segue fora das compras norte-americanas limitando as altas. O contrato agosto/25 (ZSQ25) avançou 1,16%, cotado a US$ 10,2350 por bushel.