Mercado do boi gordo fecha julho em alta
Após semanas de queda, a arroba encerra o mês com recuperação nas cotações, impulsionada pela menor oferta de animais e pela cautela dos frigoríficos.
Boi gordo
O mercado do boi gordo encerrou o mês de julho em recuperação, após semanas de pressão baixista, com valorização registrada em todas as praças analisadas. Nesta sexta-feira, o mercado finalizou o dia em alta na média nacional, com a arroba cotada a R$ 287,72, representando um aumento de 0,55%. O destaque foi o estado de Minas Gerais, que registrou alta de 1,32% na comparação diária, com a arroba precificada a R$ 290,86. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão em cenário positivo: o contrato com vencimento em novembro de 2025 teve alta de 1,33% na comparação diária, sendo negociado a R$ 334,85/@.
Desde o início de julho, o mercado enfrentou forte pressão baixista, atingindo seu menor patamar no dia 28. No entanto, ao longo da última semana, o movimento de desvalorização perdeu força, resultando em uma recuperação de 2,09% no período. Esse movimento foi impulsionado pela menor disponibilidade de animais e por uma atuação mais seletiva dos frigoríficos, o que proporcionou maior equilíbrio ao mercado.
Milho
No mercado interno, o milho encerrou a última semana em alta, com a saca na praça de Campinas/SP registrando um avanço de 0,27% sendo negociada a R$ 63,71. Na B3, mesmo com a queda do dólar, que fechou o dia 01/08 cotado a R$ 5,59 e tende a desestimular as exportações brasileiras, além do recuo no mercado internacional, a última semana foi positiva para o cereal. O vencimento com maior liquidez, setembro/25 (CCMU25), fechou o pregão regular cotado a R$ 67,05 por saca, com alta de 0,33% em relação ao dia anterior.
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros do milho encerraram a semana em queda, pressionados pelo bom andamento da safra norte-americana. A desvalorização do petróleo, que reduz a competitividade do etanol, também contribuiu para as perdas. O contrato setembro/25 (ZCU25) caiu 1,14%, cotado a US$ 3,89 por bushel.
Soja
No mercado interno, a referência de Paranaguá/PR encerrou a última sexta-feira (01) avançando 0,59%, com a saca negociada a R$ 137,13, refletindo um baixo volume de negociações para a oleaginosa.
Na Bolsa de Chicago, o mercado encerrou a sessão estável. Por um lado, houve uma tentativa de correção após as quedas consecutivas dos últimos dias, com algum suporte vindo da desvalorização do dólar. Por outro, o cenário fundamental segue de baixa, com a China fora das compras e a expectativa de uma boa safra nos Estados Unidos. O contrato setembro/25 (ZSQ25) encerrou em estabilidade, cotado a US$ 9,61 por bushel.