Chicago encerra em queda
Na última semana, os contratos futuros dos grãos encerraram em queda na Bolsa de Chicago. A ausência de compras por parte da China, a valorização do dólar e o avanço da colheita na América do Sul foram os principais fatores de pressão sobre as cotações.
Milho
No mercado interno, o milho encerrou a última semana em baixa, com a saca na praça de Campinas/SP registrando uma queda de 0,58%, sendo negociada a R$ 63,74. Na B3, o avanço do dólar, que encerrou o dia 25/07 cotado a R$ 5,57, contribuiu para a valorização dos contratos futuros. Além disso, no Mato Grosso, principal estado produtor, a colheita atingiu 90,37% da área até o momento. Embora o ritmo tenha avançado 13,11 p.p. em relação à semana anterior, segue abaixo dos 99,28% registrados no mesmo período da safra passada. O vencimento com maior liquidez, setembro/25 (CCMU25), fechou o pregão regular cotado a R$ 65,64 por saca, com alta de 0,21% em relação ao dia anterior.
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros do milho encerraram a semana em queda, pressionados pelo cenário de ampla oferta global, com boas condições de lavoura nos EUA e com o avanço da colheita no Brasil e na Argentina. O contrato setembro/25 (ZCU25) caiu 0,56%, cotado a US$ 3,99 por bushel.
Boi gordo
Ao final desta semana, após grandes variações nas praças pecuárias, observou-se uma menor amplitude nos preços do boi gordo devido à resistência dos produtores em aceitar os valores praticados. Entre os destaques, o Mato Grosso do Sul registrou alta de 0,24% na comparação diária, com a arroba cotada a R$ 295,73. Em movimento oposto, Goiás teve recuo de 0,68%, sendo a arroba precificada a R$ 281,57. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão em cenário otimista: o contrato com vencimento em setembro de 2025 avançou 1,52% na comparação diária, sendo negociado a R$ 316,25/@.
A aproximação do encerramento de julho tem mostrado um comportamento distinto do início do mês, com redução nas oscilações de preço da arroba do boi gordo. Após semanas de forte instabilidade, impulsionadas pela elevada oferta de animais confinados e pelo fraco desempenho do varejo, o mercado passou a demonstrar maior cautela. A imposição de tarifas pelos Estados Unidos também acentuou o clima de insegurança. Ao fim desta semana, os pecuaristas adotaram uma postura mais cautelosa diante dos preços ofertados. Essa seletividade contribuiu para um ambiente menos pressionado e com sinais de estabilização nas negociações.
Soja
No mercado interno, a referência de Paranaguá/PR encerrou a última sexta-feira (25) praticamente estável, com a saca negociada a R$ 137,13, refletindo um dia de ritmo lento nas negociações.
Na Bolsa de Chicago, o mercado encerrou a sessão em baixa, pressionado principalmente pelas boas condições de lavoura e pela ausência da China nas compras da soja norte-americano. Além disso, a valorização do dólar, que reduz a competitividade do produto dos Estados Unidos no mercado internacional, também contribuiu para o recuo dos contratos. O contrato setembro/25 (ZSU25) encerrou com baixa de 0,37%, cotado a US$ 10,02 por bushel.