Exportações recuam no ritmo, mas receita segue em alta
Mesmo com leve queda no preço e no volume embarcado nesta última semana, julho já soma US$ 577 milhões em receita e 104 mil toneladas de carne bovina in natura embarcadas.
Boi gordo 
Com a instabilidade gerada pelo anúncio das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras, a disponibilidade de animais confinados e o uso de contratos a termo por parte da indústria, muitos frigoríficos continuam fora das compras. O mercado físico do boi terminou em queda em 8 das 9 praças pecuárias monitoradas. O destaque ficou para Rondônia, que recuou 0,76% na comparação diária, sendo precificada a R$ 267,08/@. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão em cenário pessimista. O contrato com vencimento em novembro de 2025 recuou 1,76% na comparação diária, sendo negociado a R$ 327,35/@.
Na segunda semana de julho, o ritmo das exportações de carne bovina _in natura_ perdeu fôlego em relação à semana anterior, com queda de 8,87% na média diária embarcada. Apesar do recuo e da leve interrupção na sequência de 16 semanas consecutivas de alta no preço médio, número histórico, a receita segue com forte desempenho. No acumulado do mês, a média diária de receita já supera em mais de 40% o registrado em junho de 2024, alcançando US$ 64 milhões por dia.
Milho
O milho iniciou a semana em queda no mercado interno, na segunda-feira (14), com desvalorização de 0,29% frente à cotação anterior, fechando a R$ 62,73 por saca na praça de Campinas/SP. Na B3, os contratos futuros encerraram no positivo, com suporte do dólar e da Bolsa de Chicago, mas sem grandes movimentações ao longo do dia. O contrato com vencimento em julho/25 (CCMN25), que expira amanhã, subiu 0,02%, sendo negociado a R$ 63,01 por saca, com um pequeno spread em relação ao mercado físico.
Em Chicago, após uma semana de fortes quedas, o cenário foi positivo para o cereal, com alta acima de 1% nos contratos futuros. O USDA reportou na manhã de ontem um volume semanal de vendas de exportação acima do esperado, totalizando 1,49 milhão de toneladas, o que deu suporte aos preços. Contudo, as boas expectativas para a safra nos EUA e o avanço da colheita da 2ª safra no Brasil seguem como fatores de pressão. O contrato julho/25 (ZCN25) avançou 2,42%, cotado a US$ 4,12 por bushel.
Soja
No mercado interno, a soja subiu 0,25%, com a saca negociada a R$ 136,48 na praça de Paranaguá/PR, com apoio da alta do dólar. O contrato agosto/25 (DOLQ25), de maior liquidez, subiu 0,66%, cotado a R$ 5,609.
Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja tiveram pequenas variações, mantendo a tendência de queda da semana passada. Os embarques semanais vieram abaixo do esperado, reforçando a pressão sobre os preços. O contrato julho/25 (ZSN25) recuou 0,70%, negociado a US$ 9,997 por bushel.