Consumo trava, distribuidores cheios e devoluções avançam
A expectativa do varejo em aumento da demanda, com a chegada de baixas temperaturas, não foram atendidas e os estoques estão cheios.
Boi gordo
A demanda tem exercido maior peso na balança entre a oferta, sustentando os preços e as escalas nos últimos dias, por influência principal das exportações aquecidas. Apesar disso, nessa quinta-feira, as praças pecuárias tiveram suas cotações recuadas. O Tocantins foi destaque, a arroba registrou queda de 0,46% em relação ao dia anterior, sendo cotada, em média, a R$ 289,63. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão com ajustes negativos. O contrato com vencimento em outubro de 2025 caiu 0,45% na comparação diária, sendo negociado a R$ 334,25/@.
A limitação de renda do consumidor pressionou o varejo, resultando em vendas fracas e ausência quase total de pedidos de reposição. Como reflexo, aumentaram as devoluções e recusas de cargas, enquanto centros de distribuição operam com mercadorias represadas e embarques adiados.
Milho 
No mercado interno, o milho encerrou a última quinta-feira (26) em queda, com a saca na praça de referência de Campinas/SP recuando 0,68%, para R$ 67,58. Na B3, os contratos futuros do cereal também terminaram o dia em baixa, influenciados pelo desempenho negativo em Chicago e pela valorização do real frente ao dólar. O contrato com vencimento em julho/25 (CCMN25) encerrou o pregão regular cotado a R$ 63,95 por saca, com recuo de 0,56% em relação ao dia anterior.
Em Chicago, os preços do milho caíram pelo quinto dia consecutivo. A pressão vem da expectativa de uma segunda safra recorde no Brasil, somada às condições climáticas favoráveis nos EUA. O contrato mais negociado, com vencimento em julho/25 (ZCN25), encerrou o dia com queda de 0,18%, cotado a US$ 4,09 por bushel.
Soja 
No mercado interno, a referência de Paranaguá/PR registrou leve alta na quinta-feira (26), com valorização de 0,59%, encerrando o dia com a saca negociada a R$ 135,51. O dólar também recuou na B3: o contrato com maior liquidez, julho/25 (DOLN25), fechou o pregão cotado a R$ 5,497, com queda de 1,02%.
Na Bolsa de Chicago, a soja manteve a trajetória de baixa, acumulando o quinto dia consecutivo de desvalorização. Os futuros da oleaginosa foram pressionados pela queda no farelo de soja, em reação às notícias sobre o apetite do mercado chinês ao derivado argentino. O contrato com vencimento em julho/25 (ZSN25) recuou 0,24%, encerrando o dia cotado a US$ 10,22 por bushel..