Chicago pressionando
Queda forte em Chicago puxa contratos na B3, mas atraso na colheita do milho limita recuos mais acentuados no físico.
Milho
No dia de ontem, o mercado interno registrou queda nos preços físicos do milho, com desvalorização de 0,34%, fechando a R$ 68,04 por saca na praça de Campinas/SP. O atraso da colheita tem limitado quedas mais acentuadas no preço à vista. Na B3, os contratos fecharam em baixa, com atenção ao contrato setembro, que recuou mais de 2%, pressionado pelas cotações de Chicago. O contrato com vencimento em julho/25 (CCMN25), após cinco pregões no positivo, recuou 0,43% frente ao pregão anterior, sendo negociado a R$ 64,31 por saca.
Em Chicago, o mercado segue em tendência de baixa e, por mais um dia, os contratos futuros encerraram o pregão em queda superior a 1%. A perspectiva de uma safrinha recorde no Brasil e o clima favorável nos Estados Unidos, somados às quedas agressivas do trigo, seguem como principais fatores de pressão. O contrato julho/25 (ZCN25) registrou o menor valor desde novembro do ano passado, encerrando com queda de 1,44%, cotado a US$ 4,1025 por bushel.
Boi gordo
A firmeza nas cotações do boi gordo persiste em diversas regiões do país, sustentada por uma oferta restrita e por uma demanda aquecida, especialmente impulsionada pelas exportações. Com esse cenário, a quarta-feira foi marcada por variações mistas entre os estados. No Mato Grosso, a arroba registrou avanço de 0,38% em relação ao dia anterior, sendo cotada, em média, a R$ 322,29. No sentido oposto, o Pará apresentou recuo de 0,70%, com a arroba valendo R$ 290,38. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão com ajustes negativos. O contrato com vencimento em outubro de 2025 caiu 1,05% na comparação diária, sendo negociado a R$ 335,75/@.
Com a chegada das temperaturas mais baixas, seria esperado um aumento no consumo de carne bovina, especialmente para pratos caldosos. No entanto, esse comportamento não se confirmou nesta semana. O varejo segue abastecido até o final da semana, o que resultou na ausência de novos pedidos de reposição. Em consequência, os centros de distribuição estão com cargas retidas e houve postergação das descargas em até dois dias.
Soja
No mercado interno, a soja segue em valorização na semana, com alta de 0,21% e a saca negociada a R$ 134,71 na praça de Paranaguá/PR no dia de ontem. A alta do dólar ajudou a sustentar as cotações, com o contrato para junho/25 (DOLN25) fechando com valorização de 0,53%, cotado na B3 a R$ 5,554.
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da oleaginosa devolveram toda a alta da semana passada e encerraram com queda acentuada, influenciados por boas expectativas e clima favorável nos EUA, além da ausência de compras chinesas e liquidação de posições antes do relatório de área plantada do USDA. O contrato com vencimento em junho/25 (ZSN25) fechou com baixa de 2,05%, cotado a US$ 10,2525 por bushel.