Escalas curtas, mercado interno enfraquecido e exportações a todo vapor
Apesar do baixo desempenho do mercado interno, previsto para a segunda quinzena do mês, as exportações tem tido um bom desempenho e as escalas de abate estão curtas, o que vem pressionando os preços nos últimos dias.
Boi gordo
A limitação da oferta de boi gordo nos últimos dias manteve os preços sustentados, apesar da oscilação diária nessa sexta-feira entre as praças, a média brasileira se manteve estável. O destaque foi São Paulo, que registrou desvalorização de 0,18% em relação ao dia anterior, com a arroba cotada em média a R$ 317,38. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão otimista. O mês de ago/25 registrou alta de 1,35% ante o dia anterior e teve seus contratos cotados em R$ 329,95@.
As escalas de abate vem se mantendo em 7 dias úteis, na média brasileira, por todo o mês de junho, caracterizando encurtamento da programação. Apesar do mercado interno ter sido marcado por um desempenho moderado, as exportações estão com alto desempenho, sustentando os preços do boi gordo. Nas últimas duas semanas, o boi gordo brasileiro ultrapassou o preço do boi gordo paraguaio, o que não intimidou o mercado externo.
Milho
No mercado interno, o milho encerrou a semana pós feriado próximo da estabilidade, com a saca em Campinas/SP registrando leve alta de 0,06%, negociada a R$ 68,11. Na B3, os contratos futuros fecharam em alta, acompanhando a valorização do dólar, que subiu 0,30% e encerrou o dia cotado a R$ 5,53. O contrato com vencimento em julho/25 (CCMN25) fechou o pregão regular cotado a R$ 63,16 por saca, com alta de 0,14% em relação ao dia anterior.
Em Chicago, o mercado foi pressionado pelas boas condições climáticas nas regiões produtoras dos Estados Unidos, que acaba favorecendo o avanço do plantio do milho no país. O contrato com vencimento em julho/25 (ZCN25) encerrou o pregão com baixa de 1,10%, cotado a US$ 4,28 por bushel.
Soja
No mercado interno, a referência de Paranaguá/PR encerrou a última sexta-feira (20) com uma leve valorização de 0,27%, com a saca negociada a R$ 135,06. Apesar das perdas no mercado internacional, a oleaginosa também refletiu o avanço do dólar em relação ao real.
Na Bolsa de Chicago, após o feriado de 19 de junho, o mercado foi influenciado pelas boas condições climáticas nas regiões produtoras dos Estados Unidos. Além disso, a ampla oferta brasileira também seguiu pressionando as cotações. O contrato com vencimento em julho/25 (ZSN25) encerrou o pregão com baixa de 0,63%, negociado a US$ 10,68 por bushel.