Exportações sustentam o físico, mas consumo interno segue travado
Mesmo com o varejo e atacado pressionados, a firmeza no mercado externo garante reajustes regionais.
Boi gordo
Apesar de um ritmo enfraquecido no varejo, as exportações seguem aquecidas e mantêm os preços firmes. O destaque foi Tocantins, que registrou valorização de 0,85% em relação ao dia anterior, com a arroba cotada em média a R$ 290,07. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão, com exceção de jul/25, em ajustes negativos. O mês de out/25 registrou recuo de 0,75% ante o dia anterior e teve seus contratos cotados em R$ 337,65/@, enquanto jul/25 valorizou 0,14% e teve seus contratos cotados em R$ 327,30/@.
O varejo e atacado enfrentam semana travada, com consumo tímido e pressão nos preços.
Mesmo sem sobra expressiva da semana passada, o ritmo lento de reposição e o feriado no meio da semana dificultam o escoamento. O varejo está abastecido e evita novas compras, enquanto o atacado lida com devoluções e pouca saída, o que tende a manter os preços sob pressão.
Milho
No mercado interno, o milho encerrou a última terça-feira (17) em declínio, com a saca na referência de Campinas/SP caindo 0,21%, para R$ 67,36. Na B3, o mercado segue com poucas movimentações, de olho na safrinha, mas as cotações de Chicago serviram como trampolim para a alta do dia. O contrato com vencimento em julho/25 (CCMN25) encerrou o pregão regular cotado a R$ 62,87 por saca, com alta de 0,74% em relação ao dia anterior.
Em Chicago, os preços do milho na última terça-feira (17) finalizaram em alta. Os futuros do cereal foram impulsionados pela alta do trigo e pelo desempenho satisfatório das exportações do milho norte-americano. O contrato com maior liquidez, com vencimento em julho/25 (ZCN25), foi o único a encerrar o pregão com recuo, de 0,75%, cotado a US$ 4,31 por bushel.
Soja
No mercado interno, a referência de Paranaguá/PR encerrou a última terça-feira (17) em alta, registrando valorização de 0,38%, com a saca sendo negociada a R$ 134,98. Em linha, o dólar, encerrou o dia em alta na B3, onde o contrato com maior liquidez, jul/25 (DOLN25), encerrou o pregão cotado a R$ 5,517, indicando um leve incremento de 0,10%.
Na Bolsa de Chicago, a piora da qualidade das lavouras nos EUA, aliada ao bom desempenho nas exportações de farelo de soja, segundo os dados divulgados pelo USDA, foram cruciais para sustentar os preços da oleaginosa. O contrato com vencimento em julho/25 (ZSN25) encerrou o pregão com avanço de 0,40%, cotado a US$ 10,74 por bushel.