Direções opostas para os grãos
Enquanto o início da semana foi de lentidão para o milho, que registrou recuos nos mercados interno e externo, a soja avançou, impulsionada pelos ganhos do óleo.

Milho

No mercado interno, o milho iniciou a semana em queda, com a saca na praça de Campinas/SP registrando leve recuo de 0,16%, sendo negociada a R$ 67,50. Na B3, os contratos futuros seguem em baixa, refletindo o andamento da colheita de safrinha. O contrato com vencimento em julho/25 (CCMN25) fechou o pregão regular cotado a R$ 62,41 por saca, com recuo de 1,39% em relação ao dia anterior.

Em Chicago, o mercado foi pressionado pela boa oferta vinda da América do Sul, com destaque para as estimativas favoráveis da segunda safra no Brasil. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, o plantio de milho alcançou para 94% da área projetada segundo o USDA, com clima favorável até o momento. O contrato com vencimento em julho/25 (ZCN25) encerrou o pregão com baixa de 2,19%, cotado a US$ 4,34 por bushel.

Boi gordo

Com um ritmo aquecido de exportação de carne bovina, um equilíbrio tem se mantido entre a oferta e demanda, com uma sustentação de preços entre as praças. O destaque foi o Mato Grosso do Sul, que registrou valorização de 0,44% em relação ao dia anterior, com a arroba cotada em média a R$ 318,54. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão com ajustes negativos. O mês de jun/25 registrou recuo de 0,30% ante o dia anterior e teve seus contratos cotados em R$ 317,45/@.

A última semana foi marcada por um volume diário exportado de carne bovina recorde para uma segunda semana de junho, apesar de um recuo em relação a primeira semana do mês. Além disso, os preços foram ajustados positivamente pela 13ª semana, ultrapassando o patamar anterior de 12 semanas consecutivas de ajustes. A receita diária com as exportações já ultrapassou o mês de jun/24 em 47,62%.

Soja

No mercado interno, a referência de Paranaguá/PR encerrou a última segunda-feira (16) com uma leve valorização de 0,07%, com a saca negociada a R$ 134,47. A alta nos preços reflete a boa demanda externa pela oleaginosa.

Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja registraram ganhos, impulsionados pelo desempenho do óleo de soja. O derivado, por sua vez, foi favorecido pela proposta divulgada nos Estados Unidos para os volumes de mistura de biodiesel, que superou as expectativas do mercado para as metas de 2026 e 2027. O contrato de soja grão com vencimento em agosto/25 (ZSQ25) encerrou o pregão com alta de 0,26%, negociado a US$ 10,71 por bushel.