Quinta de perdas para os grãos
Milho e soja encerram a quinta-feira em queda, pressionados pelo inicio da colheita de milho no Brasil, dólar em queda e clima favorável nos EUA. Enquanto isso, a cautela persiste nos mercados futuros, com Chicago novamente em baixa.
Milho
No mercado interno, o milho seguiu recuando, com a saca na referência de Campinas/SP caindo 0,36%, para R$ 69,17, sendo o menor patamar desde out/24. Enquanto isso, na B3, a quinta-feira (29) também foi marcada por desvalorização. O mercado brasileiro acompanhou as perdas observadas no cenário internacional, somadas à queda do dólar, que tende a reduzir a atratividade das exportações e ao inicio da colheita da safrinha. O contrato com vencimento em julho/25 (CCMN25) encerrou o pregão regular cotado a R$ 62,72 por saca, com recuo de 1,46% em relação ao dia anterior.
Em Chicago, a última sessão foi marcada por perdas, com o clima favorável nos Estados Unidos contribuindo para o bom andamento do plantio e desenvolvimento das lavouras, o que segue pressionando as negociações. O contrato com vencimento em julho/25 (ZCN25) encerrou o pregão com recuo de 0,89%, cotado a US$ 4,47 por bushel.
Boi gordo
Após alguns dias de queda seguidos por estabilidade, o mercado físico do boi gordo reagiu e encerrou esta quinta-feira em alta na maioria das praças pecuárias monitoradas. O destaque foi o estado de Mato Grosso, que registrou valorização de 0,93% em relação ao dia anterior, com a arroba cotada em média a R$ 305,41. No mercado futuro, a B3 também fechou em alta. O contrato com vencimento em junho de 2025 se destacou, com avanço de 0,82% ante o pregão anterior, sendo negociado a R$ 312,55/@.
Durante a feira SIAL, a China reiterou sua demanda firme por carne bovina, mantendo negociações estáveis com o Brasil. As cotações do dianteiro variaram de US$ 5.600 a US$ 5.800 por tonelada. O principal foco foi a discussão sobre preços, com resistência chinesa a valores mais altos. Destacou-se também o aumento do interesse por carne de maior valor agregado, favorecendo exportadores como Brasil e Uruguai.
Soja
No mercado interno, a soja reverteu os últimos ganhos da semana. A referência de Paranaguá/PR encerrou a última quinta-feira (29) registrando uma leve desvalorização de 0,73%, com a saca sendo negociada a R$ 133,00.
Na Bolsa de Chicago, os contratos seguem pressionados pelas condições climáticas favoráveis ao plantio nos EUA, além da ampla oferta disponível no Brasil. Além disso, a retomada das tensões comerciais, após a Corte de Apelações norte-americana suspender a decisão que barrava tarifas impostas por Trump a alguns países, reacendendo a cautela entre os investidores. O contrato com vencimento em julho/25 (ZSN25) fechou o pregão com recuo de 0,31%, cotado a US$ 10,51 por bushel.