Mercado de grãos sem fôlego
Em Chicago os preços recuam diante do otimismo com a safra 25/26, enquanto no Brasil o mercado é pressionado pela aproximação da colheita.
Milho
No mercado interno, o milho iniciou a semana cotado a R$ 79,05 por saca na praça de Campinas/SP, permanecendo praticamente estável em relação à cotação anterior. Fechamento negativo para as cotações futuras de milho na B3 nesta segunda-feira. Com a colheita da safrinha se aproximando e com as boas expectativas em relação à produção, os preços vêm sendo pressionados. Fortalecendo o movimento, as cotações em Chicago também recuaram. O contrato com vencimento em julho/25 (CCMN25) recuou 2,04%, encerrando o dia cotado a R$ 65,70 por saca.
Em Chicago, o dia foi de forte queda para os contratos futuros de milho. Com o clima mais no cinturão do milho, as operações de plantio são favorecidas, afastando revisões negativas na área a ser semeada e indicando uma safra recorde, a depender do clima. Além disso, a queda nas cotações do petróleo favoreceram o viés negativo. O contrato julho/25 (ZCN25) encerrou o pregão com queda de 3,14%, cotado a US$4,54 por bushel.
Boi gordo
A semana inicia com ajuste negativo na maioria das praças monitoradas, com destaque para o Mato Grosso do Sul, que apresentou desvalorização de 0,61%, no comparativo diário, negociando o boi gordo a R$ 320,87/@, que também foi destaque na variação semanal com desvalorização de 1,74%. Enquanto isso, na B3, os contratos futuros registraram valorização, com ênfase nos vencimentos de jul/25, que valorizou 1,53% em relação ao dia anterior, encerrando o dia cotado a R$ 324,60/@.
Neste último final de semana os estoques de carne bovina esgotaram, com a intensa comercialização, a demanda observada foi maior do que para o Natal de 2024. Essa performance foi comprovada pela indústria com a procura de animais, ainda no sábado, para abate e expressiva demanda por dianteiros, além de solicitações para antecipação de entregas.
Soja
No mercado interno, a soja iniciou a semana em queda, após uma breve recuperação na semana passada. A saca foi cotada a R$ 132,13 na praça de Paranaguá/PR, com recuo de 0,77%. O movimento de baixa foi influenciado, principalmente, pelo aumento da oferta no mercado.
Nesta segunda-feira, as cotações futuras de soja fecharam em queda em Chicago. O mercado foi direcionado pela queda no petróleo, puxando também os preços do óleo de soja. Além disso, o clima mais seco tem sido favorável para o avanço do plantio. O contrato de vencimento mais curto, maio/25 (ZSK25) encerrou o pregão com baixa de 1,03% frente ao dia anterior, cotado a US$0,38 por bushel.