Mercado em pausa no Brasil, mas atento aos EUA
No Brasil, a semana mais curta limitou a liquidez. Já em Chicago a movimentação dos contratos futuros esteve pautada no bom ritmo de plantio e demanda internacional.
Milho 
No mercado físico brasileiro, a ausência de negociações nesta quinta-feira (01), em função do feriado nacional, manteve como última referência o fechamento da quarta-feira (30), quando a saca foi negociada a R$ 80,13 em Campinas/SP, uma leve desvalorização de 0,30% no comparativo diário. Na B3, os contratos futuros de milho terminaram o pregão do dia 30/04 em queda. A pressão veio do cenário interno, com projeções favoráveis para a produção da segunda safra no Brasil, além da influência das condições climáticas, que seguem no radar para o início de maio. O contrato com vencimento em maio/25 (CCMK25) recuou 0,14%, encerrando o dia cotado a R$ 76,14 por saca.
Já em Chicago, a quinta-feira (01) foi marcada por um comportamento misto nas cotações futuras de milho. Enquanto os contratos mais próximos registraram quedas, os vencimentos mais distantes apresentaram valorização. Durante a semana, o USDA divulgou volumes robustos de vendas externas, reforçando a percepção de firme demanda internacional, o que pode levar a ajustes nos estoques finais da temporada 24/25. Ainda assim, o bom andamento do plantio norte-americano, acima da média dos ultimas 5 safras, sustenta expectativas de uma oferta confortável para a temporada 25/26, limitando o avanço dos preços. O contrato maio/25 (ZCK25) encerrou o pregão com baixa de 0,64%, cotado a US$ 4,64 por bushel.
Boi Gordo 
O mercado físico do boi gordo recuou mais um dia nas principais regiões monitoradas. Paraná apresentou a maior desvalorização do dia, de 0,94%, finalizando o dia com a arroba cotada a R$ 316,00. No mercado futuro, o cenário também foi predominantemente negativo na B3, com todos os contratos encerrando o pregão em declínio, com destaque para mai/25, com recuo de 0,77%, encerrou o dia a R$ 323,75/@.
No mercado internacional, a estratégia de compras em pequenos volumes continua predominante entre os importadores chineses, que seguem tentando pressionar os preços, sem sucesso na última semana. As cotações do dianteiro bovino brasileiro mantiveram-se estáveis, entre US$ 6.000 e US$ 6.100 por tonelada. Embora haja reconhecimento de melhora recente no consumo interno chinês, os compradores ainda resistem a aceitar valores mais altos, especialmente próximos de US$ 6.400 por tonelada. No primeiro trimestre de 2025, o volume total importado pela China recuou 11% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Soja 
Em função do feriado nacional, o mercado físico permaneceu sem negociações nesta quinta-feira (01). As cotações mais recentes remontam à quarta-feira (30), quando a saca foi negociada a R$ 132,14 na praça de Paranaguá/PR, com recuo de 0,34% em relação ao dia anterior.
Nesta quinta-feira, as cotações futuras da soja encerraram o pregão em território positivo, mesmo diante do avanço consistente do plantio e das condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos. As vendas de exportação reportadas pelo USDA refletiram uma recuperação na demanda, frente as ultimas semanas, com um volume mais próximo do teto estimado pelo mercado, dando suporte aos preços. O contrato de soja em grão com vencimento em maio de 2025 (ZSK25) foi negociado a US$ 10,40 por bushel, registrando valorização de 0,53% em comparação com o fechamento do dia anterior.