Bons ventos de demanda?
Proposta de mudança na lei de incentivos aos biocombustíveis traz repercussão positiva para a soja e milho em Chicago enquanto não há sinalização clara sobre acordo entre China e EUA. No Brasil a queda do dólar limita preços melhores para a soja e milho mantém tom de acomodação.
Milho
Em Campinas/SP, o milho registra quedas consecutivas com cenário de oferta preponderante, sendo cotado a R$ 81,60 no dia 24/04, recuo de 0,45%. Nesta quinta-feira, as cotações futuras de milho fecharam em movimento de alta. O fortalecimento das cotações em Chicago e a expectativa de aumento na demanda interna favoreceram o cenário. Limitando as altas, o clima mais favorável para a safrinha e o dólar mais fraco frente ao real. O contrato maio/25 (CCMK25) subiu 0,56%, fechando o pregão regular a R$ 76,97/sc.
Na CBOT, as cotações futuras do grão também fecharam em alta. O bom volume de vendas de exportação e uma expectativa de estoques mais curtos para a temporada atual impulsionaram os preços. Por outro lado, as condições favoráveis para a safra que vem sendo semeada limitaram as altas, principalmente nos contratos mais longos. O contrato de milho para maio/25 (ZCK25), encerrou o pregão com alta de 1,11% frente ao pregão anterior, cotado a US$ 4,77/bu.
Boi gordo
O mercado físico do boi gordo encerra o dia de forma positiva para a maior parte das praças pecuárias. O destaque é para a praça paulista que valorizou suas cotações em 0,64% ante o dia anterior e ficou em média precificado em R$ 328,02/@. Já na B3, os contratos seguem em alta, sendo a maior valorização vista em set/25 (1,04%), cotado em R$ 335,45/@.
O mercado de carne com ossos iniciou com leve recuperação após o feriado, mas os preços seguem em queda por conta do consumo fraco. Houve redução nos estoques e nas devoluções. Reação mais forte é esperada só em maio, com o recebimento dos salários. Atualmente o dianteiro está precificado em média a R$ 20,00/kg.
Soja
No mercado doméstico, a soja encerrou o dia 24/04 praticamente estável, com a saca cotada a R$135,13 na referência de Paranaguá/PR. Embora o cenário internacional tenha registrado valorização, a queda do dólar limitou um avanço mais expressivo nos preços da oleaginosa.
As cotações futuras de soja encerraram o dia no positivo em Chicago. A expectativa de boa demanda interna nos EUA e a possibilidade de um acordo com a China fortaleceram o movimento. A alta considerável no óleo de soja também esteve do mesmo lado, com a proposta de uma nova lei biocombustíveis no EUA. O contrato de soja grão com vencimento em maio/25 (ZSK25), subiu 1,23%, encerrando o pregão regular a US$ 10,53/bu.