Ritmo arrefecido
Demanda chinesa enfraquecida e incertezas regulatórias pressionam mercado internacional de carne bovina.
Boi Gordo
O mercado físico do boi gordo se mostrou negativo na maioria das praças pecuárias do país. São Paulo liderou os recuos do dia, com a arroba do boi gordo desvalorizando em 0,83%, no comparativo diário e sendo negociada a R$ 326,02. Na B3, o clima foi de pessimismo generalizado. Todos os contratos encerraram o dia em baixa, com destaque para o vencimento jun/25, que recuou 1,85%, fechando a R$ 318,95/@.
Após uma semana marcada pelo feriado de Páscoa e negociações mais lentas, o mercado da carne bovina inicia esta semana ainda sob os efeitos da demanda enfraquecida, especialmente por parte da China. Os preços do dianteiro bovino brasileiro recuaram para o intervalo de US$ 6.000-6.100/t, refletindo uma desvalorização semanal de US$ 100/t. A expectativa segue cautelosa, já que o ritmo das importações chinesas permanece abaixo do esperado e uma investigação em curso pode adicionar incertezas ao cenário. O foco agora se volta à retomada do ritmo comercial e às possíveis reações do mercado diante dessas pressões.
Milho
No mercado interno, o milho encerrou o último dia 23/04 em queda novamente, atingindo R$ 81,97 por saca após uma baixa de 0,73%. Fechamento negativo para as cotações futuras de milho na B3. Nesta quarta-feira, as cotações na bolsa brasileira refletiram o movimento negativo para trigo e milho na bolsa de Chicago, com o dólar reforçando o movimento. Além disso, o acumulado de chuvas e as previsões para os próximos dias são animadoras para a segunda safra no Brasil. O contrato maio/25 (CCMK25) recuou 0,74%, fechando o pregão regular a R$ 76,54/sc.
No mesmo rumo, as cotações futuras de milho na CBOT fecharam em queda. O bom ritmo de plantio nos EUA e o clima favorável influenciaram o movimento. Além disso, as cotações de trigo mantiveram sua trajetória de queda. O contrato de milho para maio/25 (ZCK25), encerrou o pregão cotado a US$ 4,72/bu, queda de 0,79% frente ao pregão anterior.
Soja
No mercado interno, a soja foi cotada a R$135,03 por saca, em alta de 0,54%. Apesar da maior oferta com a reta final da colheita pressionar as negociações, a valorização no mercado internacional sustentou os preços da oleaginosa.
Para os futuros de soja, o dia foi positivo em Chicago. Neste momento o mercado tem olhado para um possível acordo entre EUA e China, impactando positivamente a demanda. A possibilidade de redução na área semeada na temporada 25/26 e o movimento positivo para as cotações do óleo de soja também impulsionaram os preços. O contrato de soja grão com vencimento em maio/25 (ZSK25), subiu 0,51%, encerrando o pregão regular a US$ 10,40/bu.