Mercado em março
Após a recuperação observada em fevereiro, os preços do suíno vivo e da carne voltaram a cair ao longo de março. Mesmo com a desvalorização, as médias mensais seguiram mais de 20% acima das registradas em março/24 em algumas praças monitoradas pelo Cepea. Segundo levantamentos do Centro de Pesquisas, o suíno vivo posto na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) foi cotado à média de R$ 8,56/kg em março, 3,3% abaixo da de fevereiro. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o animal está 17,9% mais valorizado, em termos reais (deflacionado pelo IGP-DI de março/25).
Exportações
Em março, o Brasil exportou 114,7 mil toneladas de carne suína (in natura e produtos industrializados em março), aumento de 1,4% em relação ao volume de fevereiro/25 e significativos 26,5% acima do de março/24, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Destaca-se que a média diária de embarques em março foi a segunda maior da série histórica da Secex, iniciada em 1997, sendo de 5,4 mil toneladas, 6,9% superior à de fevereiro/25 e 37,1% acima da de março/24.
Relação de troca e insumos
Em março, o setor suinícola nacional enfrentou um cenário desafiador diante da valorização do milho e da queda no preço do suíno vivo. No mês, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho (Campinas – SP) atingiu a casa dos R$ 90/saca de 60 kg, patamar nominal que não era observado pelo Cepea desde abril de 2022.
Carnes concorrentes
As vendas de carne suína estiveram lentas ao longo de março, enquanto a oferta de animais para abate – e, consequentemente, de proteína no atacado – permaneceu ligeiramente elevada. Esse cenário resultou em quedas nos preços médios mensais das carcaças especial suína comercializada no mercado atacadista. Os valores médios das principais carnes substitutas, a bovina e a de frango, também caíram de fevereiro para março, mas os movimentos de baixa ocorreram de forma menos intensa do que o observado para a proteína suína.
(Notícias Agrícolas)