Rally dos pregões
O relatório de oferta e demanda divulgado pelo USDA trouxe ajustes negativos nos estoques de milho e positivos para a soja. Apesar disso, a demanda pelo milho americano parece estar positiva, fortalecendo as cotações na CBOT.
Milho
No mercado doméstico, o milho encerrou o último dia 10/04 em estabilidade com a saca em Campinas/SP a R$ 85,57. Na B3, a quinta-feira foi positiva para as cotações futuras de milho. As cotações do grão em alta na CBOT e o real depreciado frente ao dólar somado aos estoques globais mais apertados deram força ao movimento. O contrato maio/25 (CCMK25), encerrou o pregão regular a R$ 80,59/sc, alta de 1,29% frente ao fechamento anterior.
As cotações futuras de milho em Chicago finalizaram o pregão em alta nesta quinta-feira. O relatório de oferta e demanda do USDA que reduziu os estoques finais dos EUA para 37,22 milhões de toneladas, um ajuste negativo de 4,87%, frente à elevação das exportações norte-americanas. O contrato de milho com vencimento mais próximo, maio/25 (ZCK25), encerrou o pregão regular subindo 1,90%, cotado a U$ 4,83/bu.
Soja
No mercado interno, a soja encerrou novamente em alta, com a saca alcançando R$ 137,36, após um avanço de 0,37%. Enquanto o mercado interno avançou após o relatório de oferta e demanda do USDA e valorização do dólar. Enquanto isso, aqui no Brasil a Conab projetou um avanço na produção e estoque da oleaginosa.
Nesta quinta-feira, as cotações futuras de soja fecharam em alta na CBOT. O USDA divulgou o relatório de oferta e demanda de abril, com ajuste negativo nos estoques finais de soja dos EUA, que passaram de 10,34 milhões de toneladas em mar/25 para 10,21 milhões de toneladas neste mês, favorecendo o movimento altista. Além disso, as cotações de farelo e óleo também apresentaram altas. Neste cenário, o contrato mais curto de soja grão fechou o pregão regular a U$ 10,29/bu, alta de 1,60%.
Boi Gordo
O mercado físico do boi gordo seguiu com viés positivo na quinta-feira. O maior avanço foi registrado em Mato Grosso do Sul, onde a arroba subiu 0,44%, encerrando o dia a R$ 322,61. Já Mato Grosso foi a única praça monitorada com queda (-0,26%), com o boi cotado a R$ 323,50/@, enquanto em Goiás, Minas Gerais e Tocantins, os preços permaneceram estáveis. No mercado futuro, o movimento foi de baixa para todos os contratos, com destaque para o vencimento em mai/25, que recuou 1,48% e encerrou o pregão a R$ 332,20/@.
O abate de bovinos em mar/25 totalizou 2,32 milhões de cabeças, uma leve queda de 0,10% frente a fev/25. Desse total, 1,06 milhão foram fêmeas, o maior volume já registrado para um único mês, elevando a participação para 45,6% e estabelecendo um novo recorde. Esse movimento reforça a leitura de que estamos diante de um possível pico de descarte no ano. A maior oferta de vacas no gancho contribui para manter a pressão sobre as cotações da arroba, especialmente em um momento em que o consumo interno ainda segue comedido.