Clima e dólar ditam o ritmo
Incertezas no cenário climático impulsiona o milho, enquanto a soja sente os efeitos das tensões comerciais e do avanço do dólar
Milho
No mercado interno, o milho registrou mais uma valorização de 0,50%, alcançando R$ 85,25/sc na referência de Campinas/SP. Terça-feira de forte alta nas cotações futuras de milho na B3. As elevações nas cotações de milho e trigo em Chicago, somadas à alta no dólar e as incertezas em relação ao clima para o milho segunda safra no Brasil deram força ao movimento. O clima em abril e maio vai ser decisivo no Brasil, principalmente para as áreas mais tardias. O contrato maio/25 (CCMK25) valorizou 2,07%, encerrando o pregão regular a R$ 80,20/sc.
Em Chicago, mais um dia de fechamento misto para as cotações futuras de milho nesta terça-feira. Mesmo com o fortalecimento do dólar, os contratos mais curtos tiveram folego para alta. A preocupação com o clima para a safra em implantação e os ganhos para as cotações de trigo deram suporte ao movimento. O contrato maio/25 (ZCK25), encerrou o pregão regular subindo 0,97%, cotado a U$ 4,69/bu.
Soja
No mercado doméstico, a soja encerrou o dia 08/04 com leve queda de 0,18% em Paranaguá/PR, com a saca cotada a R$ 134,61. As negociações refletiram mais um dia de valorização do dólar, atrelada aos avanços do mercado internacional.
Nesta terça-feira, as cotações futuras de soja fecharam em movimento misto. O mercado segue acompanhando o desenrolar das taxações dos EUA, boa parte dos parceiros comerciais estão dispostos a negociar, o que trouxe certo alívio ao mercado. Por outro lado, Trump anunciou tarifas adicionais de 50% para a China. Colaborando com o movimento, as cotações do farelo de soja avançaram. O contrato futuro de soja grão mais curto, maio/25 (ZSK25), subiu 0,99%, finalizando o pregão regular a U$ 9,93/bu.
Boi Gordo
A terça-feira (08/04) se encerrou sem grandes mudanças, o mercado físico segue majoritariamente positivo, com destaque para Minas Gerais, onde a arroba foi negociada próxima de R$ 312,91. Na B3, os contratos acompanharam o ritmo do físico e fecharam em alta. O maior avanço foi observado para o vencimento em ago/25, com valorização de 0,20%, cotado a R$ 333,40/@.
Do lado da carne com osso, as vendas continuam fracas. A demanda no varejo e no atacado segue limitada, com leve melhora apenas para o dianteiro e vaca, já que os demais cortes continuam com baixa saída. O mercado permanece cauteloso, aguardando as negociações de quinta-feira, que devem definir o ritmo da segunda quinzena. Por ora, os preços da arroba seguem estáveis, sem sinais de impulso ou melhora decorrentes da Semana Santa.