Tomando rumo
Exportações de carne bovina in natura reagem e voltam a ganhar força após três semanas de queda

Boi Gordo 

O mercado físico do boi gordo iniciou a semana com um comportamento misto entre as praças. Em São Paulo, a arroba apresentou valorização de 0,45%, encerrando a segunda-feira a R$ 324,75. Por outro lado, o Paraná registrou o maior recuo do dia, com a arroba cotada a R$ 314,50. Na B3, o clima foi mais otimista, os contratos futuros encerraram o pregão em alta, com destaque para o vencimento de mai/25, que avançou 1,21% e fechou o dia a R$ 326,65/@.

As exportações de carne bovina in natura voltaram a reagir após três semanas consecutivas de retração. A primeira semana de abr/25 sinalizou retomada, com 37,42 mil toneladas embarcadas, um avanço de 7,68% na média diária em relação à semana anterior. Embora o volume ainda esteja 14,48% abaixo do registrado no mesmo período de 2024, trata-se do segundo maior patamar já registrado para o início de abril desde o início da série histórica, em 2021. O preço médio da tonelada exportada segue em trajetória de valorização, atingindo US$ 4,95 mil, o maior valor em oito meses. A receita semanal também avançou, somando US$ 185,19 milhões, um crescimento de 8,23% na comparação anual.

Milho 

No mercado doméstico, o milho iniciou a semana com leve recuperação. Na referência de Campinas/SP, a saca subiu 0,24%. Nesta segunda-feira, as cotações futuras de milho fecharam em forte alta na B3. As cotações em Chicago, os prêmios de exportação firmes e o dólar em forte alta impulsionaram o movimento. O aumento de oferta no spot e o clima para a segunda safra seguem no radar. O contrato maio/25 (CCMK25), escalou 2,71%, encerrando o pregão regular a R$ 78,46/sc.

Em Chicago, fechamento misto cotações futuras de milho nesta segunda-feira. Alta para os contratos mais curtos e queda para os contratos mais longos. O mercado segue acompanhando os desdobramentos das tensões geopolíticas geradas pelo pacote de taxas do governo Trump. O contrato maio/25 (ZCK25), encerrou o pregão regular subindo 0,92%, cotado a U$ 4,64/bu.

Soja 

No mercado doméstico, após uma sequência de quedas, a soja voltou a subir e registrou alta de 1,64% na praça de Paranaguá/PR, com a saca cotada a R$ 134,85. O movimento refletiu a valorização no mercado externo e o avanço do dólar frente ao real.

Nesta segunda-feira, o mercado foi movimentado por uma série de incertezas, com as cotações futuras de soja fechando em movimento misto. O ambiente de imprecisão e indefinição das tarifas entre EUA e China, fez os contratos mais próximos fecharam em alta e os contratos mais longos em baixa. O contrato futuro mais curto, maio/25 (ZSK25), subiu 0,61%, finalizando o pregão regular a U$ 9,83/bu.