Chega de carne americana
China pode cancelar contratos de carne bovina dos EUA e motiva alta do boi no Brasil
Boi Gordo
Nesta quarta-feira, o mercado físico do boi gordo brasileiro apresentou um desempenho negativo. O Mato Grosso liderou as quedas, registrando um recuo de 1,88%, com o boi gordo terminando o dia cotado a R$ 299,66/@. Na B3, influenciado pela notícia de que a China pode bloquear todos os contratos de compra de carne bovina dos EUA, o cenário foi predominantemente positivo para o boi gordo, com o contrato para mai/25 se destacando com alta de 2,52% e fechando o dia a R$ 309,00/@.
Com os números de abate e produção de carne bovina do primeiro bimestre de 2025 acima das expectativas, as projeções para o ano foram reajustadas para cima, com isso, a produção estimada para 2025 deve recuar apenas 1,00%, podendo fechar o ano com 10,11 milhões de toneladas.
Milho
No mercado doméstico, o milho mantém tendência firme, registrando alta de 0,35% e atingindo R$ 89,39 por saca em Campinas/SP. Na B3, os futuros do milho apresentaram variações mistas nesta quarta-feira (12). A demanda aquecida pelo cereal continua sustentando os preços, porém, a queda das cotações em Chicago impactou negativamente alguns vencimentos. O contrato maio/25 (CCMK25) recuou 0,28%, fechando o pregão regular a R$ 79,50/sc.
Na Bolsa de Chicago, os futuros do milho chegaram a registrar desvalorizações superiores a 2% na última quarta-feira. Além das retaliações de alguns países às tarifas dos EUA, incluindo o México — principal comprador do cereal norte-americano —, o movimento de baixa do complexo soja e do trigo exerceu pressão negativa sobre os preços do milho. O contrato maio/25 (ZCK25) caiu 2,02%, encerrando a sessão diurna a US$ 4,61/bu.
Soja
No mercado interno, a soja registrou nova queda de 1,60% no último dia 12/03, com a saca cotada a R$ 132,37 na referência de Paranaguá/PR. Além do menor volume de negociações, o recuo reflete as desvalorizações no mercado internacional.
Os futuros da soja em grão ampliaram a sequência de quedas diárias ao longo da última quarta-feira em Chicago, refletindo principalmente as tensões comerciais entre os EUA e seus principais parceiros, que vêm impondo tarifas retaliatórias, fator que pode impactar diretamente o programa de exportação norte-americano. Além disso, o recuo dos derivados da oleaginosa também influenciou o fechamento negativo do grão. O contrato maio/25 (ZSK25) registrou queda de 1,06%, finalizando a sessão regular a US$ 10,01/bu.