Exportações fervendo
A primeira semana de mar/25 foi marcada pelo maior volume médio de carne bovina exportado por dia.
Boi Gordo 
O mercado físico do boi gordo iniciou a semana pressionado negativamente. Rondônia apresentou a maior desvalorização do dia, com recuo de 0,45%, com o boi gordo precificado a R$ 258,66/@, seguida por São Paulo (-0,28% e R$ 311,29) e Pará (-0,23% e R$ 282,39). Na B3, o desempenho foi positivo. Os contratos para mai/25 e jun/25 se destacaram positivamente, com ambos avançando 2,29% e sendo negociados a R$ 305,55/@ e R$ 308,19/@, respectivamente.
As exportações de carne bovina in natura começaram março de 2025 com um desempenho robusto, impulsionadas por um expressivo avanço no volume embarcado. Na primeira semana do mês, foram exportadas 60,55 mil toneladas, com uma média diária de 20,18 mil toneladas, a maior média diária já observada, refletindo um crescimento de 170,43% no comparativo semanal. Com esse ritmo acelerado, a projeção para o mês indica um volume total de 205 mil toneladas.
Milho 
Em Campinas/SP, o cereal iniciou a semana com uma leve queda de 0,21%, após algumas altas consecutivas, sendo cotado a R$ 88,52 por saca. Na B3, importantes movimentos de alta foram observados nos futuros de milho nesta segunda-feira, especialmente nos vencimentos mais curtos, refletindo a menor oferta no curto prazo, a demanda aquecida e a valorização das cotações externas da commodity. O contrato maio/25 (CCMK25) avançou 1,05%, encerrando o pregão regular de 10/03 a R$ 82,00/sc.
Os futuros de milho iniciaram a semana em território positivo na CBOT, ampliando a sequência de altas diárias. Também na segunda-feira, o USDA informou que as inspeções semanais para embarques de milho dos EUA na temporada 2024/25 totalizaram 1,820 milhão de toneladas até 06/03, acima da faixa esperada pelo mercado. Além disso, os participantes aguardam o relatório WASDE de 11/03, que pode reduzir a estimativa de estoques finais de milho norte-americano na atual temporada. O contrato maio/25 (ZCK25) valorizou 0,59%, fechando a sessão diurna de 10/03 a US$ 4,72/bu.
Soja

No mercado interno, apesar da desvalorização no cenário externo, a soja avançou 0,50%, com a saca cotada a R$ 134,86 na referência de Paranaguá/PR. Os preços foram impulsionados pelo aumento da demanda pela oleaginosa brasileira no mercado internacional.

Os futuros da soja em grão registraram quedas superiores a 1% na última segunda-feira em Chicago, pressionados pelo movimento negativo dos derivados da oleaginosa, especialmente do óleo de soja, que acumulou perdas acima de 2% em 10/03. Os agentes também seguem atentos ao relatório de oferta e demanda agrícola do USDA, que será divulgado nesta terça-feira e pode trazer ajustes nos estoques finais de soja nos EUA para a temporada 2024/25, além de revisões na oferta da América do Sul. O contrato maio/25 (ZSK25) desvalorizou 1,07%, finalizando a sessão regular de 10/03 a US$ 10,14/bu.