Cadê o consumo?
Negociações do atacado voltam a se tornar razoáveis e fracas para essa semana.
Boi gordo
O mercado físico do boi gordo registrou queda em todas as praças, com exceção de Mato Grosso, que apresentou uma leve valorização de 0,07% em relação ao dia anterior, fechando a R$ 312,99/@. Por outro lado, São Paulo teve a maior desvalorização, encerrando o dia em R$ 317,52/@, uma queda de 0,59% no comparativo diário. Na B3, todos os contratos tiveram ajustes negativos, com destaque para os vencimentos de março/25 e maio/25, que recuaram 1,39%, sendo cotados a R$ 304,25/@ e R$ 297,60/@, respectivamente.
O atacado paulista manteve um ritmo lento, com baixa demanda por reposição de estoques no varejo. O mercado doméstico não tem respondido como esperado, tornando necessária uma maior rotatividade. Embora o adiantamento dos salários possa impulsionar o consumo, é pouco provável que gere um movimento intenso. Ainda assim, negociações esporádicas vêm ocorrendo, com o dianteiro sendo comercializado a R$ 18,00/kg e a vaca casada a R$ 18,50/kg.
Milho
Em Campinas/SP, a saca recuou 0,89%, cotada a R$ 78,91, revertendo os ganhos acumulados nos últimos dias e refletindo a desvalorização do dólar. Oscilações mistas foram novamente observadas para os futuros de milho nesta terça-feira na B3. Enquanto os vencimentos mais curtos permaneceram sustentados, os vencimentos mais longos registraram leves recuos. De um lado, a continuidade da alta das cotações do cereal em Chicago influenciou positivamente; por outro, a queda do dólar frente ao real pressionou os preços da commodity. O contrato março/25 (CCMH25) variou +0,44%, fechando o pregão regular de 18/02 a R$ 80,75/sc.
Na CBOT, os futuros de milho registraram valorizações superiores a 1% na última terça-feira, no retorno das negociações após o feriado de 17/02. No mesmo dia, o USDA informou que as inspeções semanais para embarques de milho dos EUA na temporada 2024/25 atingiram 1,611 milhão de toneladas até 13/02, acima das expectativas do mercado. O contrato março/25 voltou a fechar acima da referência de US$ 5,00/bu, sendo cotado a US$ 5,02/bu, uma alta diária de 1,16%.
Soja
No mercado interno, a soja encerrou a última terça-feira com queda de 0,69% em Paranaguá/PR, onde a saca foi cotada a R$ 130,35. Os preços refletiram o avanço da colheita, que segundo a Conab já alcança 25,5% da área projetada.
Os futuros da soja em grão encerraram a terça-feira em território positivo na Bolsa de Chicago. Apesar do avanço da colheita no Brasil e da melhora das condições climáticas na Argentina, a forte valorização do óleo de soja deu suporte aos preços futuros da oleaginosa. O contrato março/25 (ZSH25) subiu 0,24%, encerrando a sessão regular de 18/02 a US$ 10,39/bu.