A comercialização da segunda safra de milho 2017/2018 atingiu em agosto 81,2% da produção estimada em Mato Grosso, de 27,390 milhões de toneladas. Os dados, divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), representam avanço de 6,3 pontos porcentuais em relação ao apurado no fim de julho. Um ano atrás, a negociação da safrinha chegava a 79,5% da produção; a média dos últimos cinco anos é de 73,4%.
“As vendas foram impulsionadas, principalmente, no mercado interno, dada a intensificação dos confinamentos e da necessidade do cereal em outros estados, o que possibilitou um preço médio de R$ 23,86 por saca”, disse o instituto em boletim.
Colheita
A colheita do grão segunda safra foi encerrada na última sexta-feira, 7. O sudeste e o centro-sul de Mato Grosso foram as últimas regiões a colher. Uma semana antes, a retirada do cereal do campo alcançava 99,6% e 99,9% da área plantada, respectivamente.
Safra 2018/2019
A negociação antecipada do cereal de inverno do ciclo 2018/2019 também está adiantada na comparação anual. Atualmente, corresponde a 24,2% da produção estimada, de 27,390 milhões de toneladas, avanço de 9,89 pontos porcentuais ante o apurado no fim de julho. Em igual época do ano passado, produtores ainda não tinham começado a vender a produção que seria colhida em 2018. A média dos últimos cinco ano foi de 13,05%.
“O principal fator do aumento das negociações da safrinha 2019 foi a valorização do dólar, que alcançou patamares acima de R$ 4,10, além de melhores cotações do cereal na Bolsa de Chicago (CBOT) durante a primeira quinzena do mês”, explicou o Imea.
A entidade ponderou, contudo, que as indefinições quanto ao frete rodoviário continuam sendo um fator de peso que deve ser levado em consideração na realização dos negócios. “A questão é um fator de alerta que pode trazer impactos às exportações de milho em setembro”. (Canal Rural)