Chineses batem nos preços
Desvalorização do Yuan e mercado interno mais fraco interfere em negócios de dianteiro bovino com a China.
Boi Gordo
A tendência de baixa predominou no mercado físico em todas as praças monitoradas. O Paraná foi o estado onde o boi gordo sofreu o maior recuo (-2,35%), fechando o dia com um valor de R$ 311,50/@. Enquanto isso na B3 o panorama foi misto, com o vencimento para abr/25 sendo o destaque positivo, com a maior valorização do dia (+0,56%) e preço de R$ 304,15/@. Já o dez/24 e o jan/25 foram os destaques negativos, ambos com declínio de 1,42% e indicando valores de R$ 306,45/@ e R$ 304,95/@, respectivamente.
Nesta semana, no cenário internacional da carne bovina, os negócios com a China continuaram “fracos”, mas com alguns negócios efetivados e com o preço pelo dianteiro bovino caindo cerca de 10,19% em comparação ao mês anterior e chegando aos US$ 4.900/t. Essa queda é pautada principalmente pela desvalorização que o yuan está sofrente frente ao dólar, o que acaba dificultando o apetite dos importadores chineses a pagar mais pelo corte bovino, além do foco do gigante asiático estar direcionado na logística para as comemorações do ano novo chinês, que ocorrerá no final de jan/25.
Milho
Em Campinas/PR, os preços do milho ficaram praticamente estáveis, registrando uma leve alta de 0,07%, com a saca cotada a R$ 73,67. Os futuros de milho ampliaram a sequência de altas diárias na última quarta-feira na B3. Apesar da queda do dólar em relação ao real e do movimento mais estável das cotações em Chicago, a demanda interna continuou influenciando os contratos futuros. O contrato janeiro/25 (CCMF25) valorizou 0,80%, encerrando o pregão regular de 11/12 cotado a R$ 76,45/sc.
Na CBOT, variações mistas foram observadas para os futuros de milho ao longo da quarta-feira. Os contratos apresentaram correções técnicas de baixa após uma sequência de avanços, estes impulsionados pela forte demanda externa pelo cereal norte-americano. O contrato março/25 (CH25) fechou a sessão diurna de 11/12 cotado a US$ 4,48/bu, registrando uma queda diária de 0,17%, enquanto os vencimentos mais longos acumularam ganhos.
Soja
Em Paranaguá/PR, o mercado físico da soja registrou desvalorização de 0,48%, fechando a R$ 142,83 por saca. O movimento refletiu a queda do dólar frente ao real, que tende a desestimular as exportações para produtores brasileiros.
Os futuros da soja em grão registraram mais um dia de alta na Bolsa de Chicago durante a última quarta-feira, reagindo ao movimento de preços dos derivados da oleaginosa e também à valorização do petróleo WTI, que voltou a ser negociado acima de US$ 70,00/barril. O contrato de soja para março/25 (ZSH25) avançou 0,25%, terminando a sessão regular de 11/12 cotado a US$ 10,03/bu.
