Na gangorra dos grãos
Dezembro inicia com leves quedas para soja e milho em Chicago, enquanto o mercado acompanha o cenário de oferta na América do Sul, favorecido pelo clima. Na B3, o dólar futuro segue em alta, aproximando-se de R$ 6,10
Milho
No mercado físico, o milho mantém um viés de estabilidade, mesmo diante de um ritmo mais lento nas negociações. Em Campinas/SP, a saca do cereal foi negociada a R$ 72,69 no início desta semana. Na B3, os futuros de milho apresentaram ganhos na última segunda-feira, sustentados pela valorização contínua do dólar frente ao real, mesmo com um cenário mais estável para os futuros da commodity em Chicago. O contrato janeiro/25 (CCMF25) encerrou o pregão regular de 02/12 cotado a R$ 72,54/sc, uma alta diária de 1,24%.
Já na CBOT, os futuros de milho fecharam a segunda-feira próximos da estabilidade, influenciados pelo leve recuo do trigo e pelo bom volume de inspeções de embarques de milho dos EUA até a semana encerrada em 28/11, que totalizaram 936 mil toneladas. O contrato março/25 (CH25) recuou 0,12%, finalizando a sessão diurna de 02/12 cotado a US$ 4,33/bu.
Boi Gordo
Apesar do baixíssimo volume de negócios, a semana iniciou com queda no mercado físico em quase todos as praças monitoradas. O maior recuo foi visto em São Paulo, onde a desvalorização do boi gordo chegou a 2,44%, com o boi gordo fechando o dia a R$ 344,73/@. Na B3, o pessimismo predominou em quase todos os contratos, com exceção de abr/25 que teve uma valorização de 0,98%, indicando um preço de R$ 305,25/@. Por outro lado, o que mais desvalorizou hoje foi jan/25, estabelecendo-se em R$ 310,15/@, valor 1,34% inferior ao visto na sexta-feira 29/nov.
Em nov/24 a relação de troca entre o boi gordo e o farelo de soja atingiu o maior patamar da história, com 6,01 arrobas necessárias para compra 1 tonelada do subproduto, na média nacional. Essa melhora foi impulsionada pelo aumento no valor do boi gordo e pela redução nos preços do farelo de soja, resultado das expectativas positivas para uma safra recorde no Brasil, além do rápido avanço das semeaduras no Brasil e na Argentina. Com isso, os pecuaristas ganharam mais poder de compra, com destaque para Minas Gerais, que apresentou a melhor relação desde nov/11. A expectativa para dezembro continua positiva, com possíveis novas melhorias.
Soja
Mesmo com a continuidade de alta do dólar frente ao real, a desvalorização dos futuros da soja em grão na CBOT pressionou negativamente os preços no mercado interno. Em Paranaguá/PR, a saca da oleaginosa foi comercializada a R$ 145,04 nesta segunda-feira.
Os futuros de soja em grão começaram a semana em queda na CBOT, pressionados pela desvalorização dos derivados, pelo fortalecimento do dólar frente a uma cesta de moedas e pelas condições climáticas favoráveis na América do Sul. O contrato janeiro/25 (ZSF25) caiu 0,43%, encerrando a sessão regular de 02/12 a US$ 9,85/bu.