Jogo de Xadrez Internacional
A recente eleição de Donald Trump como presidente dos EUA trouxe volatilidade aos mercados. O dólar se valorizou frente a uma cesta de moedas fortes, mas, no Brasil, recuou em resposta aos anúncios de contenção de gastos do governo. Os futuros de soja e milho encerraram a quarta-feira em alta, tanto na CBOT quanto na B3.
Milho
Em Campinas/SP, o milho registrou valorização de 1,56%, alcançando novamente o maior patamar do ano, com preço de R$ 74,21/sc, impulsionado pela demanda aquecida no mercado interno. Apesar da expressiva queda do câmbio no Brasil nesta quarta-feira, a valorização dos futuros da commodity em Chicago levou os futuros de milho na B3 a um fechamento positivo. O contrato novembro/24 (CCMX24) variou +0,47%, encerrando o pregão regular de 06/11 cotado a R$ 72,49/sc.
Na Bolsa de Chicago, os futuros de milho ampliaram a sequência de ganhos diários, refletindo o forte ritmo do programa de exportação norte-americano. Os agentes permanecem atentos a possíveis ajustes nas exportações e nos estoques finais da commodity no próximo relatório WASDE, a ser divulgado em 08/11. O contrato dezembro/24 (CZ24) avançou 1,85%, fechando a sessão diurna de 06/11 cotado a US$ 4,26/bu.
Boi gordo
O mercado físico do boi gordo mostrou oscilações nas cotações do animal terminado, enquanto alguns estados registraram avanço, outros recuaram. As programações de abate continuam na “saga” dos 5 dias úteis, na média nacional. A maior valorização ocorreu no Mato Grosso Do Sul, com alta de 0,85% no comparativo diário e o boi gordo precificado a R$ 318,56/@. Na outra ponta, encontra-se o Pará, que apresentou recuo de 0,54%, com o boi gordo cotado a R$ 295,45/@. Na B3, mais um dia de altas, com todos os contratos registrando ajustes positivos e o vencimento para nov/24 cotado a R$ 333,95/@, com incremento de 1,52% na comparação feita dia a dia.
Olhando do outro lado do mundo, os chineses têm demonstrado incômodo com os novos valores propostos para o dianteiro bovino, o que tornou os negócios menos fluídos nesta semana. Segundo os importadores chineses, os preços ofertado estão elevados e o mercado interno não acompanha a alta que vem ocorrendo nas últimas semanas. Ainda assim, o dianteiro bovino brasileiro com destino a China apresentou acréscimo de 3,85% no comparativo semanal, estabelecendo-se em US$ 5.400/t.
Soja
O mercado físico da soja encerrou em queda, refletindo a desvalorização do dólar frente a outras moedas. Em Paranaguá/PR, a saca teve uma baixa de 0,41%, fechando a R$ 143,87.
Após registrar perdas expressivas ao longo do pregão de quarta-feira na CBOT, devido ao anúncio da vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas, os futuros de soja em grão se recuperaram. Os primeiros vencimentos da oleaginosa fecharam o dia em alta, influenciados pela forte valorização do óleo de soja. O contrato para janeiro/25 (ZSF25) subiu 0,20%, terminando a sessão regular de 06/11 cotado a US$ 10,04/bu.