Máxima de 545 dias renovada
Preço do boi gordo continua subindo e atinge maior valor dos últimos 545 dias segundo o Cepea
Boi Gordo
Ainda impulsionado pela demanda externa que deve registrar o maior volume adquirido da história e por uma dificuldade de compra de bovinos, o mercado físico do boi gordo seguiu a onda de altas nas cotações, as escalas de abate continuam encurtadas em 5 dias úteis, na média nacional. O Pará registrou a maior valorização nesta quarta-feira (30/10), com a arroba precificada a R$ 291,19 e incremento de 0,62% no comparativo diário. O indicador Cepea para São Paulo fechou a quarta-feira no maior nível desde 26/08/22, cotado a R$ 318,30/@. Na B3, o dia encerrou com oscilações, apenas o vencimento para out/24 apresentou ajuste positvo, de 0,06%, cotado a R$ 315,30/@, já o vencimento para nov/24 apresentou recuo de 0,92%, cotado a R$323,25/@.
Olhando para as exportações, nota-se que os importadores chineses ainda estão se habituando com os novos valores do dianteiro bovino e diante disso dificultam novos negócios a medida que pressionam por redução nos preços. Diante deste cenário, o dianteiro com destino ao gigante asiático ficou cotado a US$ 5.200/t, com estabilidade no período. Durante uma visita técnica em dez/23, a China informou que passará a exigir a rastreabilidade completa de toda a cadeia produtiva da proteína bovina. Sendo necessário monitorar o animal desde o seu nascimento até o abate e a exportação. Essa exigência já foi formalizada nos protocolos comerciais entre os países, porém ainda não foi implementada pelo importadores chineses e causa apreensão na cadeia da bovinocultura de corte.
Milho 
No mercado físico de Campinas/SP, o milho continuou avançando e alcançou R$ 72,67/sc em 30/10. A oferta mais restrita por parte dos vendedores, combinada com a forte demanda interna, sustenta a tendência positiva nos preços da commodity. Na última quarta-feira, foram observadas variações mistas nos futuros de milho na B3. O movimento de alta das cotações em Chicago, os atuais patamares do câmbio no Brasil e a demanda doméstica influenciaram os preços do cereal na bolsa brasileira. O contrato novembro/24 (CCMX24) registrou uma variação de -0,10%, fechando o pregão regular de 30/10 cotado a R$ 73,15/sc.
Na Bolsa de Chicago, os futuros de milho voltaram a acumular perdas na quarta-feira. A perspectiva de uma safra abundante de milho nos EUA, junto ao rápido avanço da colheita no país, pressionou novamente os preços da commodity na CBOT, apesar de um cenário mais robusto para as exportações norte-americanas. O contrato dezembro/24 (CZ24) oscilou -0,54% e finalizou a sessão diurna de 30/10 cotado a US$ 4,12/bu.
Soja
A soja reverteu as perdas dos últimos dias e avançou 0,68% em Paranaguá/PR, alcançando R$ 143,56/sc, influenciada pelos patamares atuais do dólar e pelo movimento positivo em Chicago.
Após uma sequência de recuos diários, os futuros de soja em grão registraram altas superiores a 1% na última quarta-feira em Chicago, impulsionados por correções técnicas e pelo fortalecimento dos futuros de óleo de soja e do petróleo WTI, em meio às tensões no Oriente Médio e à queda nos estoques semanais de petróleo nos EUA. O contrato janeiro/25 (ZSF25) avançou 1,25%, fechando a sessão regular de 30/10 cotado a US$ 9,91/bu.