Onde vai parar?
De um lado, o boi gordo continua demonstrando firmeza. De outro, a alta no preço da carcaça casada começa a interferir no escoamento da carne bovina no varejo.
Boi Gordo
O mercado físico do boi gordo continua mantendo a firmeza, movimento este diretamente relacionado à demanda externa aquecida. As escalas de abate encurtadas, em 5 dias úteis na média nacional, pressionam a indústria, que está disposta a pagar mais pelo boi gordo. Goías liderou as valorizações do boi gordo, com um incremento de 1,14% no comparativo diário, cotado a R$ 305,52/@, maior patamar desde mar/22. Na B3, todos os contratos apresentaram ajustes positivos, com destaque para o vencimento de dez/24, que teve alta de 2,08%, precificado a R$ 316,70/@.
No atacado, a crescente dificuldade no escoamento leva a acúmulo de estoques, fazendo com que a mercadoria fique “travada” no mercado. Com o aumento do estoque, o preço da carcaça casada pode interromper a tendência de valorização observada nas últimas semanas. Esse movimento é um indicativo de que o preço do boi gordo pode sofrer, especialmente considerando que a oferta não está “restrita”. Apesar desse cenário, a carcaça casada fechou a última semana com alta de 1,73% e com o preço médio de R$ 20,41/kg.
Milho 
A semana começou com as cotações do milho renovando as máximas do ano no mercado doméstico, refletindo a firme demanda interna e a postura mais retraída dos vendedores nas negociações. Em Campinas/SP, o cereal foi comercializado a R$ 72,17/sc nesta segunda-feira. Movimentações mistas foram observadas nos futuros de milho na B3, influenciadas pela firmeza do dólar em relação ao real, em contraste com o recuo das cotações da commodity em Chicago. O contrato novembro/24 (CCMX24) caiu 0,34%, fechando o pregão regular de 28/10 a R$ 72,30/sc.
Os futuros de milho iniciaram a semana em território negativo na Bolsa de Chicago, pressionados pela queda do trigo, de todo o complexo de soja na CBOT, e pelo forte movimento de baixa do petróleo WTI. O contrato dezembro/24 (CZ24) recuou 1,08%, encerrando a sessão diurna de 28/10 a US$ 4,11/bu.
Soja 
Acompanhando o movimento negativo em Chicago e o viés mais estável do dólar frente ao real no início da semana, a saca da soja recuou para R$ 143,09 no mercado físico de Paranaguá/PR.
Quedas superiores a 1% marcaram os futuros da soja em grão nesta segunda-feira na CBOT. O movimento negativo dos derivados da oleaginosa, especialmente do óleo de soja influenciado pela derrocada do petróleo WTI, impactou as cotações do grão, juntamente com a reta final da colheita nos EUA. O contrato janeiro/25 (ZSF25) desvalorizou 1,15% e terminou a sessão regular de 28/10 cotado a US$ 9,86/bu.