Clima e Demanda em Foco nos Grãos
Chuvas favoráveis ao avanço do plantio nas principais regiões produtoras do Brasil e o ritmo da colheita e exportações nos EUA mantém o mercado atento, com o dólar futuro voltando a fechar acima dos R$ 5,70 na B3
Milho
O mercado doméstico de milho encerrou a última semana em alta, com a referência em Campinas/SP subindo 0,43% na sexta-feira, alcançando R$ 71,67/sc e renovando o maior patamar do ano. Na B3, os futuros de milho pegaram carona no movimento de alta do dólar frente ao real e ampliaram a sequência de avanços, sustentados também pela firme demanda doméstica. O contrato novembro/24 (CCMX24) variou +0,50%, fechando o pregão regular de 25/10 cotado a R$ 72,55/sc.
Após uma sequência de altas diárias, os futuros de milho em Chicago registraram quedas superiores a 1% na última sexta-feira, em função de correções técnicas de baixa, acompanhando o movimento negativo do trigo na CBOT. O contrato dezembro/24 (CZ24) desvalorizou 1,48%, finalizando a sexta-feira cotado a US$ 4,15/bu.
Boi gordo
Na última sexta-feira (25/10), o mercado físico do boi gordo apresentou divergências nas variações diárias entre as praças. Enquanto algumas registraram valorização, outras sofreram recuos. Rondônia destacou-se com um aumento de 0,68%, com a arroba do boi gordo cotada a R$ 286,29. Por outro lado, São Paulo registou recuo de 0,29%, com o boi gordo sendo comercializado a R$ 311,62/@. Na B3, o sentimento pessimista predominou entre os futuros do boi gordo, com apenas o vencimento de fev/25 apresentando valorização de 0,46%, encerrando o dia a R$ 305,95/@. O destaque negativo foi para o vencimento de dez/24, que registrou uma queda de 1,38% em relação ao dia anterior, fechando a R$ 310,25/@.
Durante a semana passada (17/10 e 24/10), o volume total de contratos (futuros + opções) registraram queda de 5,47% no comparativo seanal, totalizando 144,65 mil contratos, esse recuo foi puxado pelas as opções, que caíram 5,71%. As CALLs diminuíram 25,20%, enquanto as PUTs cresceram 8,11%, indicando um mercado cada vez mais descrente da continuação alta e se protegendo das quedas. Com isso, proporção de CALL/PUT atingiu 33%-67%, outro ponto de atenção é a drática redução da posição vendida dos Investidores Institucionais, levantando a dúvida se esses estão desistindo de esperar uma queda nos preços do boi gordo.
Soja
Reagindo ao cenário negativo dos preços no mercado internacional, a oleaginosa recuou durante a última sexta-feira em Paranaguá/PR, sendo negociada a R$ 143,81/sc, apesar do avanço do dólar.
Os futuros da soja em grão recuaram na última sexta-feira na Bolsa de Chicago, pressionados por um conjunto de fatores, incluindo boas chuvas em importantes regiões produtoras do Brasil, a reta final da colheita nos EUA e a queda dos derivados da oleaginosa ao longo da sessão na CBOT. O contrato janeiro/25 (ZSF25) oscilou -0,75%, encerrando a última sessão da semana cotado a US$ 9,98/bu.